Passar pela lateral do Viaduto Bresser atualmente é verificar uma triste realidade: a de diversas famílias vivendo em barracos de madeira e sem perspectiva de mudança. Além disso, o cenário também incomoda e amedronta passageiros de linhas de ônibus, moradores do entorno e estudantes. Não há mais para onde avançar, já que o canteiro central, ao lado da Avenida Radial Leste, foi tomado, assim como toda a lateral da passarela de pedestres, que leva as pessoas à Rua Bresser. Crítica também é a condição dos sem-teto que ocupam toda a calçada da Rua Pires do Rio.
O lugar, conhecido como Comunidade do Cimento, já passou por pelo menos um incêndio e a Prefeitura tentou efetuar duas reintegrações de posse em anos anteriores, mas não conseguiu concretizar por conta de liminares na Justiça. Diante dos problemas que ainda persistem, a reportagem entrou em contato com a SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) para saber quantas pessoas vivem lá atualmente, que tipo de suporte a secretaria dá a elas, para onde os moradores estão sendo encaminhados, se existe um projeto de colocação de contêineres nas proximidades e em que fase está esse plano.
O OUTRO LADO
A SMADS informou que possui cadastro de todos os moradores do Viaduto Pires do Rio e mantém contato frequente com os mesmos, oferecendo auxílios e disponibilizando vagas nos centros de acolhida da Prefeitura. A secretaria relatou que um grupo de trabalho discute periodicamente alternativas de atendimento para as pessoas situadas na área. Segundo o órgão, em recentes abordagens, verificou-se a permanência de 170 pessoas no local, sendo sua maioria composta de homens solteiros. Em 2015, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, cadastrou e incluiu 266 famílias no programa de atendimento provisório com a concessão de auxílio aluguel pelo período de dois anos, prazo definido no momento do cadastro. Na época, era condicionante que as famílias saíssem da área uma vez que havia ação de reintegração de posse, o que não aconteceu e, consequentemente, o auxílio foi encerrado.
Até quando essa barbaridade vai continuar? Passei recentemente pelo local, quando fui até o Hospital Salvalus fazer um exame, e a situação PIOROU!!! Os barracos avançaram ainda mais pela calçada da Radial Leste!!! Aquilo se transformou numa verdadeira favela!! Essas respostas da SMADS é um verdadeiro tapa na cara do contribuinte morador do bairro. Quando vão resolver o problema, dando um lugar adequado para essas pessoas morarem e liberando o passeio público para as pessoas andarem com segurança pela região?! É um absurdo esse comodismo e covardia do da subprefeitura da Mooca!! Estão com medo do quê? É uma vergonha!!!