A situação dos moradores de barracos construídos no entorno no Viaduto Bresser continua a passos lentos. Enquanto isso, o número de casebres só aumentou e até um posto de gasolina que existia na lateral da Avenida Radial Leste teve de ser fechado por conta do grande número de homens e mulheres que entravam no estabelecimento para usar o banheiro, tomar banho e dormir. Ao mesmo tempo, os passageiros de um ponto de ônibus existente em frente ao posto também se viram ameaçados por alguns momentos de desconforto, seja em tentativas de furto ou de pessoas pedindo esmola.
Parte da calçada da Rua Pires do Rio está tomada por barracos, bem como todo o canteiro central próximo ao viaduto e até o barranco de terra criado pela própria Prefeitura para coibir invasões embaixo do equipamento. Os moradores cortaram o morro de terra e apoiaram as paredes das moradias.
“A iluminação é precária”
Para chegar às que estão mais acima, as pessoas criaram degraus na própria terra. Na porta de vários barracos existem carroças para carregar lixo reciclável e outros objetos, carrinhos de supermercado e veículos, na maioria peruas kombi. A iluminação do local é precária, mesmo havendo crianças atravessando a rua a todo o momento. Em várias situações, os motoristas são obrigados a desviar de carroças e de pessoas para evitar atropelamentos.
A passarela de pedestres, que tem início na Rua Pires do Rio e dá acesso ao viaduto, ficou inutilizada porque há dezenas de barracos encostados nela. Até para a Prefeitura Regional Mooca realizar a limpeza e conservação ficou mais difícil. O Centro Temporário de Acolhimento (CTA), localizado no Brás, presta atendimento a quem chega na região e às pessoas que se fixaram, mas querem participar de oficinas de capacitação. O Censo de 2015 mostra que 30% das pessoas que dormem nas ruas dizem ter depressão; 27% têm dores crônicas; 84% fazem uso de álcool ou drogas; e 70% dos que têm até 30 anos já passaram por instituições como prisões, clínicas de recuperação de drogas e orfanatos.
REGIONAL MOOCA RESPONDE
Em entrevista a esta Gazeta, o coordenador de governo local da Prefeitura Regional Mooca, Walter Mezzetti, informou que equipes da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e da Prefeitura Regional Mooca estão trabalhando em conjunto no entorno do Viaduto Bresser a partir de uma decisão judicial.
Segundo ele, a questão precisa estar resolvida nos próximos 45 dias e, para isso, estão sendo feitas reuniões para dar encaminhamento ao projeto de atendimento aos moradores. “Atualmente, o terreno está bloqueado para a entrada de novas famílias. Quem insistir em entrar, não terá direito a participar dos serviços sociais oferecidos pela Prefeitura”, avisou o coordenador.
“Moradores vão para contêineres”
Mezzetti adiantou que as cerca de 200 pessoas que permanecem em parte dos barracos serão incluídas em um programa de atendimento cuja infraestrutura funciona aos moldes da mesma implementada na região conhecida como “Cracolândia”. “Conforme os moradores forem saindo, após o acordo, os barracos serão desmontados de maneira gradual, diferentemente do modelo de reintegração de posse”, ressaltou.
O coordenador frisou, ainda, que todos serão direcionados para contêineres a serem instalados em um terreno próximo ao lugar ocupado atualmente. Os espaços serão adaptados para receber até quatro famílias ou pessoas sozinhas. Os cachorros também vão ser acolhidos em um canil na mesma área. Com relação ao canteiro e as calçadas onde estão os barracos, Mezzetti revelou que os locais irão passar por limpeza e reurbanização.
Em entrevista a esta Gazeta, o coordenador de governo local da Prefeitura Regional Mooca, Walter Mezzetti, informou que equipes da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e da Prefeitura Regional Mooca estão trabalhando em conjunto no entorno do Viaduto Bresser a partir de uma decisão judicial.
Segundo ele, a questão precisa estar resolvida nos próximos 45 dias e, para isso, estão sendo feitas reuniões para dar encaminhamento ao projeto… ( guardem bem esse texto) começando a contagem 44,43,42…..
“Conforme os moradores forem saindo, após o acordo, os barracos serão desmontados de maneira gradual, diferentemente do modelo de reintegração de posse”…. Tá de brincadeira. Ou faz a reintegração ou NUNCA vai acabar aquilo ali.