Na última quinta-feira, 14, deficientes visuais que trabalhavam e recebiam atendimento solidário na Associação Promotora de Instrução e Trabalho para Cegos (APITC), na Rua Cajuru, 730, no Belém, fizeram uma manifestação na frente do terreno no qual existia a entidade, que foi demolida em julho. O protesto também contou com a participação do ex-presidente da Associação, Miguel Felício de Albuquerque, do presidente do Conseg Belém, Norberto Mensório e de outros moradores que foram ao local para dar apoio às pessoas com deficiência.
De acordo com o presidente do Conseg, a mobilização tinha como objetivo cobrar explicações da Prefeitura Regional Mooca sobre o que vinha sendo feito no local, já que desde março desse ano a regional sabia da intenção de se comercializar a área. Os manifestantes também queriam saber como o atual presidente da associação conseguiu a aprovação da Prefeitura para vender um prédio histórico de 90 anos. Conforme Albuquerque, o prédio foi oferecido ao mercado por cerca de R$ 4 milhões, antes de ser colocado abaixo e, agora, já foi terceirizado para uma empresa de estacionamento. “Ou seja, todo o processo foi nebuloso e as pessoas têm o direito de saber como foi possível para a diretoria que assumiu a entidade, a partir da metade de 2010, ter assinaturas suficientes nas assembleias para promover tantas mudanças”, ponderou o ex-presidente da APITC.
“Manifestantes iam registrar um Boletim de Ocorrência”
Albuquerque revelou que a atual diretoria da Associação não esclarece os motivos da demolição e não informa os moradores do Belém e nem os beneficiários do antigo órgão, que eram centenas de deficientes visuais. “Consta que o então presidente Paulo Rogério alterou o estatuto com mandato de três para oito anos e mudou a denominação da entidade, retirando a palavra ‘para Cegos’ do documento”, denunciou. Por conta disso, ele, juntamente com outros apoiadores da causa, iria registrar um Boletim de Ocorrência e também acionar o Ministério Público para iniciar uma investigação.
A APITC oferecia atendimento social e educacional, além de cursos de braille, mobilidade e informática. Muitos deficientes se profissionalizaram no local e também fabricavam vassouras, rodos e produtos de limpeza, que eram vendidos nas ruas e tinham o lucro revertido para a própria entidade. A associação ainda recebia apoios empresariais, doações de moradores e tornou-se uma referência para o bairro.
Eu sei que a matéria já é antiga mas, mesmo vinte e seis anos depois, lembro com saudade dos bons momentos que passei naquele local. Fui ajudante dos deficientes visuais nessa instituição por um ano e meio e aprendi lições importantes que levarei por toda a minha vida.
Eu como morador do barro lamento por ter acompanhado esta situacao sem o poder de ajuda los. Para mim foi um grande golpe dos dirigentes da associaçao prefeitura e advogado pelo exterminio e a indiferencia na causa dos que mais precisam, sabendo se que uma empresa se encarregava de locar para um local adecuado e só depois faser uso do local mais a ganancia dos que podían faser algo em beneficio só fizeram prejudicar os cegos que mais precisavam. Um dia a verdade prevalecerá e Deus fará a consciencia destes que fizeram tanto mal para os cegos desta associacao e vão entender que não compensa prejudicar aos pobres que a justiça ainda será feita mesmo que tardía para quem tem memoria curta eu tenho o jornal que mostra toda esta cobardía.