Moradores da Vila Ema aguardam uma posição da Prefeitura com relação a um terreno localizado na avenida homônima ao bairro, na altura do nº 1.500. Há cerca de quatro anos, as pessoas que residem na região vêm reivindicando a construção de um parque na área verde de 17 mil m2. Após várias manifestações e abraços em volta do terreno, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente resolveu atender ao pedido da população, no entanto, relata não ter a verba de R$ 11 milhões para desapropriar o espaço.
INDEFINIÇÃO
Como a situação permanece indefinida, a parte do terreno cujo muro está voltado para a avenida serve de moradia para usuários de drogas. A denúncia foi feita por uma moradora preocupada com que está ocorrendo no local atualmente.
Segundo ela, viciados aproveitam a iluminação precária da avenida para entrar e sair do local várias vezes. O problema é que pedestres e passageiros de ônibus nunca sabem quando serão surpreendidos por algum dos drogados saltando o muro.
FURTOS
Neste momento, conforme a moradora, as pessoas têm bolsas, celulares, carteiras e sacolas roubados. Como o local fica deserto, depois que os comércios fecham as portas, não há a quem recorrer. Os próprios donos de estabelecimentos da avenida são obrigados a baixarem as portas mais cedo com medo de terem a empresa invadida. Aliás, diversas lojas foram furtadas ou passaram por tentativas de arrombamento durante a noite e madrugada.
PAVOR
O mesmo pavor é vivido pelos residentes da Rua Batuns, entre a Avenida Vila Ema e a Rua São Frederico. Com várias casas, um prédio residencial e uma escola estadual, moradores da rua e também da região, além dos próprios estudantes, não andam pela Batuns depois das 18 horas. Conforme Aline Souza, por exemplo, moradores de rua começaram a construir barracas dentro do terreno. Ao mesmo tempo, dependentes químicos se misturam ao grupo e ficam circulando pela via para tentar encontrar alguma vítima.
HISTÓRICO
Em 2010 uma construtora comprou a área e chegou a montar seu estande de vendas no local e anunciar o empreendimento. No entanto, como o terreno possui 400 árvores centenárias, a empresa preferiu chegar a um acordo com a Prefeitura e revender a área ao município. No passado, a área era um dos lugares preferidos pelas crianças e suas famílias para caminhar, brincar e colher frutas no pé.
Em julho de 2013, em uma reunião no Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi discutida e aprovada a apreciação e deliberação sobre a desapropriação da área para implantação do Parque Municipal Vila Ema.