De acordo com as últimas informações da Subprefeitura Mooca, a Prefeitura precisou recolocar 1.600 papeleiras/lixeiras em sua área administrativa. Dos seis distritos assistidos, o Tatuapé ganhou a maioria dos equipamentos, em razão do alto índice de vandalismo, que infelizmente ainda acontece no bairro.
O balanço refere-se ao período dos últimos seis meses, sendo o pior deles durante a realização da Copa do Mundo. E não é barato para fazer a sua reposição. Segundo a Amlurb – Autoridade Municipal de Limpeza Urbana – os gastos com a instalação e reposição das papeleiras/lixeiras danificadas já constam nos contratos firmados com as empresas do serviço de varrição. Entretanto, vale destacar que, para as empresas, cada unidade, neste caso, sai por R$ 100.
ASSUNTO ANTIGO
Em novembro de 2013, esta Gazeta publicou matéria sobre a situação das papeleiras/lixeiras que foram instaladas em junho daquele mesmo ano em várias ruas do Tatuapé. Na época, a ação fazia parte de um pacote de 150 mil novas unidades que tinham o cronograma de instalação até o fim de agosto.
Ruas como a Cantagalo, Monte Serrat, Itapura, Tuiuti e Serra de Bragança, além dos principais cruzamentos do bairro e a Praça Silvio Romero, foram contemplados.
Entretanto, os equipamentos, que têm como principal objetivo servir para o descarte de pequenos resíduos, na maioria dos endereços não foram bem utilizados ou preservados. O vandalismo fez com que, pelo menos, metade das unidades fosse danificada na região.
SITUAÇÃO ATUAL
Para esta nova abordagem, a reportagem voltou à Rua Cantagalo e constatou que vários dos postes continuam sem o equipamento ou com o mesmo danificado. Situação esta que se repete em muitas outras ruas do bairro.
E, um dos fatos que mais chamou a atenção, foi a constatação de que muitas das novas lixeiras trocadas recentemente já estão danificadas.
Exemplo encontrado na altura do número 1.772, da Rua Cantagalo. O equipamento está com a sua tampa rachada.
Na Rua Apucarana, a situação na altura do número 1.498 é ainda pior. Só uma parte do que sobrou da tampa está presa ao poste. O baú está no chão. E, mesmo em meio a tanto vandalismo, muitas pessoas continuam a utilizar o equipamento. Prova foi encontrar a lixeira cheia.
No mesmo logradouro, na esquina com a Rua Tijuco Preto, outra lixeira nova está com a tampa deslocada. Ao fundo, a foto flagrou outro problema sério no bairro: o de fios soltos. Um pouco mais adiante, na altura do número 860 da Rua Tijuco Preto, outro equipamento foi arrancado de sua base.
MAPA DO VANDALISMO
Ainda segundo a Subprefeitura Mooca, entre 2006 e 2010 foram instaladas em sua área administrativa cerca de 13 mil papeleiras. Naquele período, a depredação girava em torno de 60% do total dos equipamentos instalados.
Em 2013, aproximadamente oito mil unidades foram colocadas em novos endereços e também nos locais onde os equipamentos foram danificados. Entre os endereços com mais problemas no período noturno, estão a Rua Tuiuti e Praça Silvio Romero.
No início deste ano, 80 equipamentos foram depredados nos distritos da Subprefeitura Mooca, sendo que os que mais registraram problemas foram, mais uma vez, o Tatuapé, seguido do Brás. Na ocasião, 30 lixeiras foram repostas. Na Mooca, segundo a administração regional, a destruição é menor.
PUNIÇÃO
Quem quiser solicitar a reposição do equipamento, que pertence ao mobiliário urbano da cidade, deve registrar o SAC através do telefone 156.
O prazo de atendimento é, em média, de 36 horas, após a solicitação, descontando os domingos.
Vale lembrar ainda que a Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, sobre “Dano ao Patrimônio Público”, esclarece no Artigo 163 que destruir, inutilizar ou deteriorar o patrimônio da União, Estado ou Município, empresa concessionária de serviços públicos, entre outros, resulta em pena de um mês a seis meses de detenção ou multa ao infrator.