Na última quarta-feira, dia 22, a reportagem desta Gazeta flagrou algo “incomum” na ciclofaixa da Rua Antonio Alves Barril, esquina com a Rua Professor João de Oliveira Torres: um ciclista. Ironia à parte, moradores do Tatuapé criticam o fato dos equipamentos terem sido criados sem que existisse ao menos uma pesquisa sobre quantas pessoas, em média, iriam utilizar as pistas de bicicleta.
SEM FUNÇÃO
A ciclofaixa que tem início na Rua Nelo Bini (junto à Emília Marengo) e depois segue pela Rua Antonio Daminello até a Rua José Alexandre Almeida Luiz, deveria ser responsável por facilitar a vida dos frequentadores dos espaços de compras e lazer do Jardim Anália Franco e também dos moradores que têm o hábito de praticar esportes no Ceret (Centro Esportivo, Recreativo e Educacional do Trabalhador). No entanto, ela fica fazia na maioria do tempo.
SEM APOIO
Os projetos de ciclofaixas fechadas por cones, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), vistas na região da Paulista, Vergueiro, Consolação, entre outros endereços da área central, chegam no máximo à Praça da Sé. Os bairros da Zona Leste que receberam as ciclofaixas, ciclorrotas e a ciclovia da Avenida Radial Leste, não receberam sequer propostas de eventos com o intuito de fazer as pessoas usarem mais as bicicletas.
SEM INVESTIMENTO
Essa falta de investimento reflete nas condições das ciclofaixas do Tatuapé que, além de estarem com a pintura totalmente desgastada, possuem buracos e rachaduras em diversos trechos. A iluminação também é inexistente. Portanto, caso o ciclista queira utilizar as pistas à noite terá de investir em lanternas, faróis, roupas e capacete com faixas reflexivas. Do contrário, o passeio poderá resultar em acidente.
O OUTRO LADO
Por enquanto, sabe-se que o prefeito João Doria Jr. é favorável às ciclovias, porém não investirá dinheiro público nelas, delegando sua manutenção e novas construções à iniciativa privada. A Secretaria Municipal dos Transportes informou, no último dia 20, que pretende ouvir a comunidade e envolvidos no processo de revisão da Política de Mobilidade por Bicicletas e Rede Cicloviária da Cidade de São Paulo. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes relatou que está revisando o plano cicloviário da cidade visando incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, priorizando sua integração ao sistema de transporte público, dando maior utilidade às ciclovias e corrigindo eventuais problemas na sua implantação.