O aumento da degradação do prédio que abrigava o antigo Shopping Chic, na Rua Antonio de Barros, 400, no Tatuapé, está elevando a preocupação de quem reside ou mantém um comércio próximo ao local. Fechado há alguns anos, por conta de problemas judiciais e trabalhistas, o edifício foi a leilão, porém ainda não foi arrematado. Em duas oportunidades, conforme a Faro Leilões, empresa intermediadora da negociação, houve problemas relacionados à falta de documentação e ao valor exigido pelos interessados na venda.
INTERVENÇÃO
Nesse período, já ocorreu intervenção da Subprefeitura Mooca, construindo paredes em substituição a vidros de alguns pontos do imóvel, e dos proprietários, na tentativa de preservar ao máximo o bem que está sendo comercializado. Mesmo assim, a situação do prédio ainda é crítica, pois há pichações, vidros quebrados e iluminações danificadas. Um frágil portão de ferro, que deveria impedir invasões ao lugar, foi aberto e agora permite a entrada de qualquer pessoa.
FURTOS
De acordo com o jornaleiro Claudio Marcos Fernandes, o prédio voltou a ser invadido uma semana depois de algumas pessoas terem construído um muro. Fernandes afirmou, também, que como moradores de rua e drogados acessaram os andares do antigo shopping, todos os objetos com algum valor para venda estão sendo arrancados, principalmente os de alumínio. Agora, o jornaleiro frisou que tanto moradores como pedestres estão com medo. “A Polícia Militar é presente no quadrilátero de ruas ao redor do edifício e já pediu para os invasores saírem de lá algumas vezes, contudo, os mesmos retornam”, salientou.
MUITO ESCURO
Para a comerciante Fernanda Sestari, depois que os usuários de droga voltaram a ocupar o prédio, o local ficou mais perigoso. Os furtos em carros estacionados, que haviam diminuído, aumentaram. “O policiamento é feito, mas as ruas estão escuras. Com isso, as pessoas ficam com medo de caminhar pelas ruas próximas quando anoitece”, revelou. Segundo Fernanda, no local também há furtos de estepes e alguns veículos têm os vidros quebrados.
LEILÃO
Na semana anterior a reportagem desta Gazeta voltou a falar com a Faro Leilões. De acordo com a empresa, ainda não há uma nova data de leilão designada pela Justiça. A determinação será apresentada pelo administrador judicial, que levará a documentação do caso para o juiz. Passado este processo, se não ocorrer mais uma tentativa de negociar o prédio, em dezembro, a questão só será retomada em 2015. A última data sugerida para a negociação havia sido o dia 6 de agosto, contudo, na oportunidade as partes não chegaram a um acordo.