Como será o desempenho do setor imobiliário em 2013? Para o presidente do Secovi – SP, Cláudio Bernardes, de maneira lúcida e racional, o que se espera é que o mercado tenha comportamento muito similar ao de 2012, um ano em que as empresas, demonstrando maturidade e responsabilidade, cuidaram de fazer os necessários ajustes para enfrentar os efeitos da crise mundial e dificuldades como falta de infraestrutura para produção, que motivaram atrasos na entrega de algumas obras.
PARADA TÉCNICA
Segundo Cláudio, ocorreu o que se pode chamar de ‘freio de arrumação’, ou uma parada técnica para redimensionar a capacidade de operação, uma vez que o mercado não enfrenta problemas de demanda ou de oferta de crédito imobiliário.
Embora os números ainda não estejam consolidados, em 2012, o mercado de imóveis da capital paulista registrou o menor volume de lançamentos de novas unidades se comparado a 2011. Pesaram nesse resultado, além do ajuste de mercado, obstáculos como a demora na aprovação de projetos e, principalmente, a escassez de terrenos.
OUTORGA ONEROSA
Em muitos distritos, o estoque de outorga onerosa, instrumento que permite às incorporadoras adquirir o direito de construir até o limite previsto na lei, já se esgotou ou está quase a zero. Isso tem elevado o custo da compra de terrenos e estimulado os construtores a migrar para outras cidades, como Guarulhos, que liderou os lançamentos na Grande São Paulo.
O presidente do Secovi – SP afirmou que, felizmente, o prefeito Fernando Haddad compreendeu a dinâmica de desenvolvimento da cidade e mostra-se disposto a solucionar os problemas existentes.
DESENVOLVIMENTO
Cláudio revelou que o novo prefeito está empenhado em equacionar o desenvolvimento imobiliário na cidade, focando premissas importantes, no que diz respeito à adoção de diferentes modelos de ocupação urbana e criação de novas centralidades. “Acreditamos que Haddad saberá conduzir a revisão do Plano Diretor, no sentido de aproximar a moradia do emprego, promovendo o adensamento da cidade onde necessário, de forma inteligente e sustentável”, elogiou.
Adicione-se a isso a determinação governamental de também estimular a construção civil e ampliar a produção de moradias no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida.
MELHOR DESEMPENHO
Diante dessas possibilidades, há grandes chances de o setor imobiliário ter um desempenho melhor em 2013, com incremento da ordem de 3% a 5%. Entretanto, é preciso lembrar que tudo vai depender diretamente do crescimento do País. Quando a economia vai bem, o mercado vai bem.
Assim, cabe confiar que o governo federal saberá agir com a necessária prontidão para evitar o aumento da inflação e, além das medidas anticíclicas, promover adequações inadiáveis, como a revitalização e ampliação da infraestrutura , além da diminuição da carga tributária, de modo a fomentar o desenvolvimento de todos os setores produtivos do País.