O pedido de ajuda entregue ao Ministério Público, por moradores incomodados por alguns bares e restaurantes da Rua Emília Marengo, começa a surtir efeito. Na última segunda-feira, dia 19, surgiu a informação de que os empresários começaram a receber as intimações referentes às acusações de perturbação de sossego. Conforme as pessoas que vivem nas ruas Mozart de Andrade, Adrianópoilis, Otelo Rizzo e Cândido Lacerda, entre outras, antes de buscar o MP elas cobraram a Prefeitura durante um ano, mas só tiveram o apoio das polícias Militar e Civil.
A partir de agora, tanto os órgãos municipais quanto estaduais passam a ser comunicados a respeito do processo. O mesmo acontece com os donos dos estabelecimentos que terão de responder na Justiça sobre os prováveis danos causados aos vizinhos. Durante a “batalha”, o barulho sempre foi o principal inimigo dos reclamantes, seja pela música ao vivo, caixas acústicas nas calçadas, carros com som no último volume e a gritaria dos próprios clientes em momentos distintos.
“Barulho sempre foi o principal inimigo de quem vive próximo a bares”
Antes de se chegar a essa negociação forçada, os moradores tentaram vários tipos de acordos com os donos de comércios e com a própria Prefeitura Regional Mooca, quando ainda era subprefeitura. Uma das conversas, sob a coordenação da delegada titular do 30º DP – Tatuapé, Ana Lúcia de Souza, e do comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, capitão Felipe Lima Simões, contou com a participação do subprefeito, Evando Reis, e de fiscais,
Com a entrada do MP na discussão, os moradores não precisam se preocupar com o andamento do processo relativo a crime ambiental, barulho acima dos decibéis permitidos por lei, falta de acústica nos imóveis, entre outros detalhes. Agora, nada impede que eles reclamem de outras questões, como a falta de fiscalização da CET, por exemplo.
Enquanto essa situação parece estar encaminhada, outra ainda patina na Avenida Regente Feijó. Moradores das ruas Oiti, Pantojo e Butiá, próximas à avenida, tentam alcançar a paz buscando um acordo com dois proprietários de postos de gasolina. De acordo com duas vizinhas que estavam na reunião do Conseg Tatuapé, jovens e adultos estacionam cerca de 50 carros em ruas laterais ou em espaços pertencentes às lojas de conveniência, ligam aparelhos de som e iniciam a “festa”. Durante as vezes que a PM foi chamada, a questão foi amenizada. No entanto, as pessoas cobram fiscalização por parte da Prefeitura.