Entregue parcialmente há dois meses, o trecho Rodoanel Leste não fez tanto sucesso quanto o esperado. A estimativa era de que a obra atraísse pelo menos 37 mil veículos; no entanto, só atraiu 13 mil, o que corresponde a 35% da demanda.
Além disso, no mês posterior a inauguração, houve piora de 10% no trânsito da capital no horário de pico da manhã e de 7% à tarde, de acordo com a contagem da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Vale lembrar que o propósito do Rodoanel é justamente o de melhorar o trânsito na Grande São Paulo.
PIOR
Diante desta situação o governo argumenta que poderia ser pior. Com a construção de pistas e com 260 mil caminhões fora de circulação por conta do anel viário, que possuem os trechos Oeste e Sul em pleno funcionamento, o trânsito se mantém menos caótico. É necessário ressaltar que os caminhões são proibidos de circular na capital durante os horários de pico e ainda há fatores que dificultam a circulação, como as faixas exclusivas de ônibus e as ciclovias.
PROMESSA
O Estado havia prometido a abertura total do trecho Leste do Rodoanel para o começo deste mês, o que não aconteceu. Agora a nova data ficou prevista para novembro.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setceps), Manoel Sousa Lima Junior, explica que a preferência, para aqueles que querem seguir para a Dutra, ainda é pela Jacu-Pêssego. “Quem está transportando produtos perigosos, como combustíveis e cloro, por exemplo, tem restrições na Ayrton Senna.”
Quando a obra estiver completa, o ramal leste do anel viário se conectará à Rodovia Presidente Dutra, atingindo 43,5 quilômetros. A obra custará R$ 3,2 bilhões à concessionária SPMar, que já gerencia o trecho Sul, aberto em 2011.