Há anos os moradores da Rua Doutor Ângelo Vita, no bairro do Tatuapé, tentam resolver um problema de difícil solução, que é a divergência entre vizinhos. Neste endereço existe um imóvel abandonado, no qual o proprietário abriga mais de 30 gatos. Todavia o problema maior nem chega a ser a criação dos felinos, e sim os ratos que são atraídos para o local. Como o dono não reside na casa e só aparece em alguns períodos do dia para alimentá-los, o local acumula muita sujeira e ração, cenário ideal para infestação de roedores e também para possíveis focos de dengue.
Os moradores alegam que já tentaram conversar com o proprietário para se chegar a um acordo, mas relataram que ele é irredutível e apresenta sinais de desequilíbrio psicológico.
PIOROU
Todavia, a situação ficou ainda pior no bairro, quando o proprietário foi internado em um hospital por problemas de saúde, pois com a sua ausência os gatos e ratos ficaram sem comida, e passaram a invadir com mais frequência as casas na vizinhança.
O QUE FAZER?
A moradora Monica Bavelloni, por exemplo, fez uma reclamação formal no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas não teve sucesso. Outra moradora tentou registrar uma denúncia, mas foi orientada a procurar a subprefeitura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ações que a mesma já afirmou ter feito e que também não obtiveram êxito.
A equipe de reportagem entrou em contato com a Subprefeitura Mooca, a fim de receber uma orientação sobre o caso e saber quais providências podem ser tomadas. A resposta foi a seguinte: “Informamos que o imóvel foi autuado em 2011 de acordo com a Lei 13.725/2004 (código sanitário), o que resultou em auto de multa. Atualmente, este processo (2011–0.065.477-8) está em andamento por conta do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que efetuou a retirada dos gatos em abril de 2014 (para maiores detalhes sobre a retirada dos gatos, entrar em contato com o CCZ utilizando o nº de processo).
Com relação a desratização da via, foi realizada atividade no local no dia 22 de maio, sendo efetuado tratamento químico em dois bueiros e em algumas tocas em frente a residência, não sendo possível a desratização no interior do imóvel devido à grande quantidade de lixo orgânico e entulho no local, cabendo ao proprietário realizar a limpeza”.
RESOLUÇÃO
Até o fechamento desta edição, a equipe teve a notícia de que antes da ação do Centro de Controle de Zoonoses, os moradores tomaram algumas medidas, pois estavam cansados de esperar por uma solução pública. Segundo os vizinhos, uma mulher que trabalha em uma ONG (Organização Não Governamental) relacionada ao tratamento de animais abandonados, começou a recolher alguns gatos que saíam da propriedade e destinou-lhes a um novo lar.