Depois de longos bons meses fechado para reforma, no dia 31 de maio, o Museu da Imigração, localizado na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, na Mooca, reabriu as suas portas. Entre as novidades está o novo plano museológico e de exposição de longa duração, que foi completamente reformulado.
O prédio, tombado pelo Conpresp e pelo Condephaat, passou pelo primeiro restauro completo desde que teve a sua construção finalizada, no ano de 1888. Além da presença do governador Geraldo Alckmin, o evento de reinauguração contou com apresentações teatrais, de dança e música das comunidades de imigrantes e descendentes, além de show com o cantor Arnaldo Antunes.
HOSPEDARIA DO BRÁS
Sediado no edifício da antiga Hospedaria do Brás, o Museu da Imigração retoma as suas atividades com o objetivo de compreender e refletir o processo migratório a partir da história das 2,5 milhões de pessoas, de mais de 70 etnias, que passaram pelo prédio entre os anos de 1887 e 1978.
A sua localização, entre a Mooca e o Brás, privilegia o debate que envolve questões relativas à memória da cidade. No entorno, a herança da grande imigração – que ocorreu no fim do século XIX e início do XX – convive com os fluxos contemporâneos e com os traços de outras regiões do País.
De acordo com Marília Bonas, diretora-executiva da instituição, “a proposta é que o Museu se torne um espaço de articulação, promovendo reflexões sobre a experiência do deslocamento e a construção da identidade paulista a partir de múltiplas origens.”
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
No clima da Copa do Mundo, o espaço também oferecerá aos seus visitantes uma agenda especial. A programação continua hoje, domingo, dia 15, das 15 às 16 horas, com apresentação de dança mexicana com Mariachi Zárate. No repertório estão canções mexicanas e latinas nos ritmos de boleros, corridos, rancheiras e huapangosa.
A programação especial termina no dia 22 de junho, com a oficina de culinária africana, das 15 às 16 horas. São 30 vagas disponíveis. No workshop com degustação, Melanito Biyouha, do restaurante Biyou’Z, ensina a receita DG, típica de Camarões. Entre os ingredientes estão: legumes, galinha, banana-da-terra e pimenta.
SEMANA DO IMIGRANTE
As atividades acontecem em parceria com a ONG Presença da América Latina (PAL) e têm início no Dia do Refugiado, comemorado em 20 de junho, às 19 horas, com o debate “Imigração a partir do outro”. A ideia é propor uma roda de conversa sobre assuntos relacionados ao direito de migrar, com depoimentos de pessoas que passaram por esse processo recentemente. Neste mesmo dia, o Museu ficará aberto à visitação até as 21 horas.
Já no dia 25, data que marca a comemoração do Dia do Imigrante, acontece a dinâmica “Mas afinal, o que é migrar?”, voltada ao público jovem (de 7 a 13 anos). O objetivo é tratar, com uma linguagem simples e lúdica, sobre como é ser imigrante em outro país, reiterando a importância da aceitação do outro.
SERVIÇO
Todas as atividades são gratuitas e as inscrições para a oficina de culinária e para as palestras da Semana do Imigrante devem ser feitas pelo e-mail inscricao@museudaimigracao.org.br. Mais informações, inclusive sobre os valores para entrada no Museu, podem ser obtidas no telefone 2692-1866. Site: museudaimigracao.org.br.
O horário de funcionamento é de terça a sábado, das 9 às 17 horas, e aos domingos, das 10 às 17 horas. Durante os meses de junho e julho, o acesso aos espaços expositivos será gratuito.
Quinzenalmente, às sextas-feiras, o Museu oferece visitação noturna, ampliando seu horário de atendimento até as 21 horas. Em dias de jogos do Brasil, as atividades serão encerradas três horas antes da partida.