Residentes das ruas Mozart de Andrade, Otelo Rizzo e Adrianópolis, entre outras travessas da Rua Emília Marengo, disseram, durante reunião do Conseg do Tatuapé, não crer que a Prefeitura Regional Mooca os atenda. Segundo eles, em quase 150 dias de governo é impossível que a nova administração não tenha conseguido se organizar para combater irregularidades geradas por alguns comércios da região
PSIU QUESTIONADO
Sem presenciar uma fiscalização mais efetiva e a reconstrução do Psiu (Programa de Silêncio Urbano), as pessoas que vivem nessas ruas cobraram respostas do representante da prefeitura regional, Walter Fernandes Mezzetti. Segundo ele, o Psiu foi agregado à regional e teve o seu poder de ação ampliado. No entanto, ainda faltam equipamentos como o decibelímetro, que precisam ser ajustados antes de serem disponibilizados para a Mooca. Mezzetti adiantou que as tentativas de entendimento estão sendo feitas e citou o programa Bar Legal.
CONCHAVO
Apesar disso, os moradores vizinhos ficaram descontentes com a afirmação e relataram que a demora no atendimento das demandas os levam a crer na existência de algum tipo de conchavo entre a Prefeitura e os estabelecimentos fora dos padrões. Eles deram como exemplo um local com capacidade para atender no máximo 20 clientes, mas que recebe mais de 100, às vezes. Os frequentadores acima do limite do espaço tomam as ruas, atrapalham o trânsito, sujam as portas das casas e impedem as pessoas de saírem de suas casas. Ao lembrarem da situação, moradores criticaram a fiscalização pela omissão, protestaram contra a CET e se resignaram pelo fato da GCM e da PM não terem muito alcance para a resolução desse tipo de questão.
Mezzetti foi enfático em dizer que não há nenhum tipo de conchavo, mas frisou ser difícil precisar o tempo necessário para todo o processo estar funcionando. “A fiscalização existe, porém a demanda é grande”, explicou.
PROPOSTA
Depois de ouvir todo o contexto de reclamações, um dos donos de bar resolveu apresentar a seguinte proposta aos moradores: verificar a possibilidade de instalar janelas ou portas anti-ruído nos imóveis afetados pelo barulho. A ideia, a princípio, foi criticada, porém todos os envolvidos iriam se reunir para conversar a respeito.
AGRADECIMENTO
Moradoras próximas à Avenida Regente Feijó, que reclamavam da realização de “pancadões” em postos de gasolina, foram à reunião para agradecer o empenho do capitão Felipe Lima Simões, comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM. Conforme elas, a presença da PM no local, em determinados dias e horários, resultou no afastamento de quem promovia as “festas”. O capitão afirmou que, além dos frequentadores dos “bailes funk” terem ficado intimidados, os motoristas dos carros com som devem ter se assustado com o valor das multas.
NOVO CASO
Atento à história, outro morador aproveitou para reclamar de um estabelecimento localizado na Rua Serra de Botucatu, esquina com a Rua Serra de Japi. Ele disse sofrer com a altura do som do local e com a gritaria promovida pelos próprios clientes. Os piores momentos, segundo o vizinho, estão relacionados aos dias de jogos de futebol. O morador relatou ter de ficar com todas as portas e janelas fechadas, tamanho é o número de palavrões que ele e os netos são obrigados a ouvir.
Sérgio Murilo Mendes