Desde novembro do ano passado os moradores do Parque São Jorge esperam por uma definição da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) com relação à implantação de duas repúblicas para atender moradores de rua. Na época, a assessoria do órgão havia dito que dois imóveis localizados na Rua Antonio Macedo, números 326 e 318, ainda não haviam sido alugados, porém estava prevista, para os próximos meses, a ocupação dos dois imóveis para receber até 15 homens em cada um.
QUATRO MESES
Como se passaram aproximadamente quatro meses, esta Gazeta voltou a procurar a assessoria da SMADS para verificar se a questão havia sido definida. Para isso, a reportagem perguntou qual era o processo atual das repúblicas, se as casas tinham sido mantidas como capazes de prover o atendimento e se haviam passado por reformas ou adaptações. Além disso, este semanário questionou a pasta sobre a data de abertura, quantidade de pessoas a serem acolhidas e com relação ao aviso de inauguração aos moradores da região.
SECRETARIA
Após as indagações, a Secretaria voltou a relatar que os imóveis ainda não foram locados, mas que está prevista, para os próximos meses, a implantação de duas repúblicas para atender até 15 homens na região. De acordo com a resposta, não está certo se os endereços divulgados a princípio estejam mais nos planos da Prefeitura. Quanto às demais questões, a SMADS não apresentou novidades.
MOBILIZAÇÃO
Diante das novas informações, pelo menos no que diz respeito aos endereços, talvez a mobilização de moradores da Rua Antonio Macedo tenha surtido efeito. Segundo eles, por se tratar de uma área estritamente residencial, a movimentação dos homens durante todo o dia poderia gerar desconforto a vizinhos e comerciantes locais. Além disso, as pessoas disseram não terem sido procuradas para uma pesquisa de opinião.
OUTRAS ÁREAS
A moradora Maria Aparecida Sanches ressaltou não ser contra a administração municipal dar abrigo a essas pessoas, no entanto, os imóveis são pequenos e só possuem dois banheiros. Diante desta e das outras circunstâncias, ela questiona por que a Prefeitura não procurou imóveis maiores e distantes de áreas residenciais?