Transcorria a primavera de 1892. Thomas Spencer, Frank S. Marr, juntamente com outros três sócios, fundam em Philadelphia, Estados Unidos, a The Spencer Company. A finalidade da nova e pequena empresa era produzir lâmpadas a arco de carvão. Em outubro daquele mesmo ano mudam o nome da firma para Helios Eletric Company, continuando a fabricar o mesmo produto.
Pouco depois conseguiam o direito da patente alemã para o uso do nome Helios. Iniciaram na Street Filbert, 1.310, passando depois para a Street Callowhill, 1.225. A nova empresa esteve próxima da falência quando os negócios do carvão estiveram durante certo tempo parados. Em 1899, os diretores remanejaram a firma denominando-a Helios-Upton Company New Jersey.
Em 1904, por estar a linha de fabricação de seus produtos muito abaixo do desejável, os responsáveis resolvem apostar em um novo produto: a bateria para carros. Com o nome de Philadelphia Storage Battery Company, em 1906, davam início a essa nova linha de produção.
O nome Philco surgiu pela primeira vez em 1919 e referia-se à marca de uma das baterias. Nos anos subseqüentes a Philco experimentou significativo avanço, isso ocasionado pela grande expansão do setor automobilístico. Em março de 1920 um enorme incêndio desativou diversos setores da empresa, fato que a prejudicaria por longo tempo. Esse fato somado a obsolescência de alguns de seus produtos quase levam a Philco à falência nos primeiros anos da década de 20.
Em 1926, novo renascimento: a Philco resolve abandonar a linha de baterias e aposta na fabricação de rádios, aparelho inventado recentemente. Num só ano fabrica 96 mil unidades. Em 1929, a Philco tornava-se a segunda empresa do País, impulsionada pelo sucesso do lançamento do seu rádio Baby Grand, ou “capelinha” como era conhecido. A partir de então a Philco passou a liderar o setor.
Mas quando tudo ia bem e a situação tornara-se tranqüila, acontece a quebra da bolsa de Nova York. A recessão acompanhada do desemprego torna difícil a vida de todas as empresas. A crise estendeu-se por toda a década de 30 e início da década de 40. Em 1942, a Ford Company rescinde o contrato que mantinha com a Philco desde 1934 de fornecimento de rádios para seus veículos. Novamente a Philco foi bafejada pela sorte.
A Segunda Guerra Mundial levou o governo dos Estados Unidos a fechar inúmeros contratos com a Philco, contratos relativos ao fornecimento de equipamentos tradicionais de som e de desenvolvimento de inovações em novos modelos.
Em 1934, o modelo “capelinha” da Philco chegava ao mercado brasileiro. No princípio da década de 40 a Philco americana começa a fabricar sua linha de condicionadores de ar.
Em 1948, instalava sua primeira sede no Brasil. Escolhe o Rio de Janeiro, na época capital do País.
Em 1950, inaugurava a primeira fábrica em São Paulo, lançando sua linha de televisores em data simultânea com a inauguração da primeira emissora de TV no Brasil. Em 1958, colocava no mercado o primeiro televisor com controle remoto e sete anos mais tarde, seu primeiro rádio transistorizado.
A seguir novos avanços: o rádio multifaixas portátil em 1960, o controle remoto sem fio, em 1963.
Em 1952, a Philco se instala na Rua Santa Virginia, no Tatuapé, fazendo desse local sua sede central para o Brasil.
Em 1961, após uma espiral descendente nos negócios nos Estados Unidos, a Philco americana acabou sendo absorvida pela Ford Motor Company.
Em 1975, a Philco inaugura sua primeira fábrica de circuitos integrados lineares.
Em 1979, era criada a Itautec-Itaú Tecnologia S/A, com a finalidade de desenvolver hardware, software e aplicativos para serviços de automação de bancos.
Em 1984, a Itautec se associa à Philco S/A, surgindo dessa união a Itautec-Philco S/A.
Em 1989, o Grupo Itaúsa adquire da Ford Motor Co. o controle acionário da Philco S/A.
TRABALHEI NA PHILCO NA DÉCADA DE 70, NA PARTE COMANDADA, POR, MISTER RALF E MISTER BILL. A PRODUÇÃO ERA TODA DE UNIVERSITÁRIOS, EU TRABALHAVA NA MANUTENÇÃO. MEU LIDER ERA O ASSIS. DE MUITAS MÁS LEMBRANÇAS!!!
Olá Luiz, tudo bem? Eu sou estudante de Jornalismo, estou escrevendo uma matéria que se passa nos anos 60/70 no Tatuapé com uma senhora que por sinal trabalhava na empresa e foi demitida logo após se casar. O seu comentário me chamou atenção, eu gostaria de incluir um trecho nessa matéria sobre a Philco, você aceitaria me ajudar falando um pouco sobre a sua experiência na empresa?