O aumento do número de furtos voltou a ser o tema principal da reunião do Conseg Parque São Jorge. Moradores das ruas Jacinto José de Araújo, Elvas e Síria, entre outras, reclamaram que várias casas foram invadidas, usuários de droga estão intimidando as pessoas em cruzamentos e vários moradores de rua com carroças, além de “flanelinhas”, estão sendo usados como “olheiros” de bandidos para que eles possam entrar nos imóveis ou comércios sem serem vistos.
Ex-moradora do Parque São Jorge e dona de escritório na Rua Jacinto José de Araújo, a ex-vereadora Myryam Athie esteve no encontro e pediu ao capitão Edson Serra, comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM, que volte a promover o policiamento ostensivo na via. Segundo ela, quem tem residência no local está com medo das constantes ações dos marginais. A mesma situação aflige moradores da Rua Elvas, pois muitas pessoas que vão ao Hospital Municipal do Tatuapé deixam os carros lá. Outro pedido registrado por eles, relacionado ao trânsito, sugere a implantação de placas de proibido estacionar em um dos lados da via.
Na Rua Síria, bem como nas outras citadas, os moradores deram a ideia do delegado verificar quem são os “flanelinhas”, para que eles sejam cadastrados no 52º DP. As pessoas creem que, dessa maneira, haja a possibilidade de muitos se afastarem do bairro.
O OUTRO LADO
De acordo com o capitão, ele já conhece os problemas envolvendo moradores de rua, usuários de droga, invasões e pequenos furtos. No entanto, por conta do crime de furto ser uma modalidade mais difícil de efetuar prisões, é importante investir na sensação de segurança. “Uma das formas de conquistar isso é apostar em projetos como o Vizinhança Solidária, no qual as pessoas se integram por meio do celular e ajudam umas às outras”, informou. Conforme Serra, com a ferramenta o policiamento passa a ser direcionado aos pontos mais críticos. “Contratar seguranças particulares não resolve. É preciso melhorar a comunicação com os policiais”, indicou.
Para o delegado Daniel de Andrade Santos, do 52º DP, as investigações, que resultam em indiciamentos e prisões, requerem a participação da comunidade. “Para nós, os detalhes são muito importantes, sejam bonés, cores de camisetas, tatuagens, dentre outras características. A comunicação dos casos suspeitos podem ser feitos por telefone, direto na delegacia ou por meio de carta anônima. Independente desse apoio, a polícia civil continua seu trabalho de investigação de crimes. Além disso, dará suporte às questões relevantes apresentadas pelos moradores da região”, completou.