A leitora Nadir entrou em contato com a Gazeta para denunciar uma situação que ela considera um abuso, que é a falta de acessibilidade na região do Tatuapé. Ela diz que a situação fica ainda pior no cruzamento da Rua Antonio de Barros com a Avenida Celso Garcia, local em que ela já teve que auxiliar muita gente.
“Essa reclamação eu não faço por mim, nem por nenhum familiar. Faço pelas pessoas que eu já tive que auxiliar que são cadeirantes e têm dificuldade de locomoção. Para a gente já é difícil andar por aqui, para eles então, é muito pior”.
DIFICULDADES
Atravessar na faixa de pedestres de alguns semáforos da região pode ser um verdadeiro obstáculo. A reportagem registrou vários locais na Avenida Celso Garcia sem a rampa de acesso, mas um em especial, chamou a atenção da equipe. Pois, além de não ter acessibilidade, a faixa de pedestre, tanto numa margem, quanto na outra, possui três bocas de lobo.
As bocas de lobo, assim como os sarjetões, são essenciais para o escoamento da água, todavia necessitam de planejamento para a sua colocação. Sem dúvidas, colocá-las em locais onde a passagem de pedestres é constante, não é uma boa opção. Pois, por vezes, a proteção se desprende e faz com que quem transita por ali esteja mais suscetível a acidentes.
LEI
Vale ressaltar que já existe uma lei (10.098) que desde 2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação e embora isso seja um direito dos cidadãos com deficiência física, a realidade vem se mostrando bem distante do que está no papel.
Assim como a tatuapeense Nadir, outros moradores da região aguardam por melhorias nesse sentido.