Donos de imóveis localizados na Avenida Celso Garcia, no Tatuapé, estão preocupados com as desapropriações que irão ocorrer na via em decorrência da implantação do novo corredor de ônibus. Procurando auxílio, eles estiveram na reunião do Conseg Parque São Jorge, na segunda-feira, 11, para tentar obter mais informações a respeito da questão.
DÚVIDAS
A princípio, o representante da Subprefeitura Mooca, Francisco de Almeida Dias, presente à reunião, ofereceu aos moradores a oportunidade de conversar diretamente com um engenheiro para sanar as dúvidas sobre o plano para a avenida. Segundo Dias, é provável que o projeto ainda entre em discussão antes de sua aprovação. Além disso, o mesmo precisará passar por votação na Câmara Municipal. “É importante ficar bem informado sobre a pretensão da Prefeitura. Contudo, não há porque ter medo antecipadamente”, ponderou.
VALORES
Outra questão levantada pelos proprietários de casas dizia respeito ao valor das indenizações para quem for desapropriado. Para o assessor técnico da subprefeitura, o governo tem como base o valor de mercado da região. Porém, antes de fazer um acordo com a pessoa a ser indenizada, há uma pesquisa em pelo menos três imobiliárias. Dias lembrou, também, que o projeto apresentado na Prefeitura pode não ser definitivo. Portanto, o traçado atual pode mudar.
AVENIDAS
O corredor da Celso Garcia faz parte de um traçado maior que envolve outras avenidas, como Amador Bueno da Veiga, São Miguel e Líder. Após o anúncio feito no último ano de governo do ex-prefeito Gilberto Kassab, comerciantes da região da Ponte Rasa e proximidades fizeram várias manifestações. Com isso, o projeto não seguiu para votação. Agora, os moradores temem que o plano seja aprovado “a toque de caixa” por conta das eleições e suas casas sejam adquiridas pela Prefeitura às custas de indenizações irrisórias.