As denúncias de furtos ainda fazem parte da realidade do Tatuapé, tanto na região do 30º DP, quanto na área do 52º DP, correspondentes à 1ª Cia. do 8º Batalhão e à 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM. Comerciantes e moradores da Rua Síria, por exemplo, reclamam que têm seus comércios invadidos principalmente durante a madrugada, como a professora de dança, Tânia Ferreira. Segundo ela, sua escola já sofreu pelo menos cinco invasões, quando foram levados computadores, televisão e outros objetos. A professora pediu atenção da polícia para o aumento das rondas e também para os “flanelinhas” que cuidam de carros no endereço. “Existe a suspeita de que eles possam servir como olheiros para bandidos”, completou.
Outro morador chamou atenção para os furtos de rodas na Rua Emilio Mallet, próximo à Rua Itapura. Conforme ele, alguns motoristas vão a restaurantes e bares e, quando retornam à rua em que estacionaram, os carros estão suspensos por dois macacos.
FISCALIZAÇÃO
Na Rua Acuruí, na altura do número 80, uma vizinha levantou a questão do funcionamento de um estacionamento. Segundo ela, o estabelecimento continua aberto na madrugada para atender a frequentadores de bares. No entanto, manobristas falam alto, batem as portas dos carros e buzinam.
Ainda sobre a questão do barulho e desrespeito, outras moradoras pediram ajuda para que a Prefeitura Regional Mooca verifique a atividade de um comércio existente na Rua Coelho Lisboa, altura do número 400. Elas revelaram que a música é tão alta que as paredes de uma das casas trepida. Conforme registro em reunião do Conselho Comunitário de Segurança, quando o som começa, a moradora tem duas opções, sair de casa ou realizar alguma tarefa que não exija concentração.
O OUTRO LADO
De acordo com o capitão Felipe Lima Simões, comandante da 1ª Cia. do 8º BPM, os crimes que ocorrem nas ruas próximas à Rua Itapura, como subtração de estepes e rodas, acontecem na madrugada. “Infelizmente, muitas pessoas não querem pagar estacionamento, deixam os veículos na rua e facilitam a ação de bandidos”, explicou. Segundo o capitão, o furto de veículos e de objetos de dentro dos carros está entre as maiores dificuldades do policiamento ostensivo.
O comandante da 2ª Cia. do 51º BPM, capitão Edson Serra, relatou que promove rondas contínuas na Rua Síria e em vias do entorno, mas que moradores precisam avisar sobre os problemas. “A participação no Programa Vizinhança Solidária seria importante, mas, apesar disso, vamos intensificar o policiamento”, completou.