Na época de faculdade, tínhamos “Pesquisa” como uma das matérias. Nela aprendi a diferença entre pesquisas qualitativas e quantitativas. A primeira mede a qualidade do público e, a segunda, a quantidade deste público. Ambos são aspectos muito importantes no diagnóstico de um caso, entretanto, isoladamente, podem não traduzir o contexto e levar a um diagnóstico míope.
Segundo Avinash Kaushik, evangelista de marketing digital do Google, medir o sucesso de um site pelo número de acessos é “estupidez”. Muito mais importante, afirma, é ter leitores ou clientes fiéis. Faço minhas as palavras do indiano do google, e amplio o universo de aplicação para as redes sociais. Não faz sentido medir o sucesso de uma fanpage no Facebook, no Twitter, Instagram ou Linkedin exclusivamente pelo número de curtidores ou seguidores, se o que estamos realmente falando aqui é de “influência” (qualidade). Pessoas se aproximam por afinidade e um perfil nestas redes sociais só resultará em resultados efetivos se construir seu público por engajamento.
Tenho uma consultoria de marketing. Qual o sentido de ter como seguidoras 10 mil donas de casa se o assunto que trato aborda temas de empreendedorismo, coaching corporativo, estruturação empresarial e gestão de marcas? Por outro lado, faria todo o sentido ter 100 donas de casa empreendedoras seguindo meu perfil empresarial, pessoas que já têm ou pretendem ter um negócio próprio, mesmo que seja em casa. Ou seja, qualifiquei meu público, que agora me ouve com 100% de interesse e poderá multiplicar minha voz aos quatro cantos por estar engajado à minha causa, à minha marca.