Por se tratar de um período de seca, a Prefeitura investe no trabalho de recuperação e limpeza de córregos. No caso do Tatuapé, um deles, em particular, causa diversos problemas para quem vive na região do Parque São Jorge: o Córrego Maranhão ou Tatuapé, como também é conhecido.
Segundo moradores de ruas como a Padre Germano Mayer e do Tatuapé, no final de 2012 e início deste ano, eles sentiram na pele o drama das enchentes. Agora, sem chuvas, eles esperam por uma ação preventiva e eficaz, já que o local deverá ter diversos novos empreendimentos e as áreas permeáveis estão diminuindo ainda mais.
SUBPREFEITURA RESPONDE
Diante destas questões, a assessoria da Subprefeitura Mooca revelou que está prevista a estabilização das encostas através de muro de gabião, obra a ser realizada pela Secretaria de Infra-estrutura Urbana e Obras. Em relação à limpeza do córrego, a subprefeitura revelou que ela é feita manualmente por suas equipes, constantemente. As bocas de lobo são também de responsabilidade da subprefeitura que, assim como em toda a área sob sua jurisdição, programa e executa a limpeza, inclusive com hidrojateamento, de forma periódica.
ANÁLISE TÉCNICA
Para o engenheiro Roberto Massaru Watanabe, o prefeito Fernando Haddad terá muito trabalho pela frente, pois o mesmo córrego, denominado por ele como sendo Tatuapé, tem influência tanto sobre as ruas acima da Avenida Radial Leste, sentido Jardim Anália Franco, como sobre as que estão paralelas ou abaixo da Avenida Celso Garcia.
BACIA HIDROGRÁFICA
Segundo o engenheiro, a bacia do córrego, por exemplo, compreende as ruas Monte Serrat, Aguapeí, Professor Pedreira de Freitas, Itapeti, Antonio Camardo, Azevedo Soares, entre outras. Depois de seguir pela Rua Monte Serrat, atravessa a Radial Leste, passa por baixo da linha da CPTM e do Metrô, segue pela rua Dr Miguel Vieira Ferreira, atravessa por baixo a avenida Celso Garcia, depois passa pela Rua do Tatuapé e ao lado da Favela do Pau Queimado, desaguando no Rio Aricanduva.
ESGOTO
Watanabe avisa que trata-se de uma bacia hidrográfica de grandes dimensões. Por isso sofre não só com as águas da chuva como também com as águas do esgoto sanitário. Diversos empreendimentos residenciais de porte foram construídos sem que a infraestrutura de saneamento básico fosse correspondentemente ampliada.
O engenheiro sugere uma revisão técnica criteriosa dos parâmetros de dimensionamento tanto da rede de esgoto, como da rede de drenagem, além de investimentos públicos para a adequação da rede existente, para atender não só a nova demanda como o aumento de demanda para os próximos anos.
Gostaria de saber como andam as obras no córrego maranhão porque ao meu ver estão paradas.