Por Sérgio Murilo Mendes
Reunião em defesa da reabertura de parte do Centro Esportivo Brigadeiro Eduardo Gomes, na última quarta-feira, 24, contou com a presença de mais de 40 pessoas em uma das salas do Esporte Clube Sampaio Moreira, no Tatuapé. O encontro teve como objetivo definir as entidades esportivas interessadas na criação de uma nova associação sem fins lucrativos que, depois do processo burocrático de aprovação da Prefeitura, será a responsável por gerir um Centro Desportivo Comunitário (CDC) dentro da área de esportes. A princípio, estarão discutindo a abertura da nova entidade os representantes do Vila Paris, Sampaio Moreira, Cruzeirinho e Juventude.
MANUTENÇÃO
De acordo com Walter Mezzetti, coordenador do governo local da Prefeitura Regional Mooca, com o processo de constituição do CDC em mãos, ele poderá providenciar, junto à Secretaria Municipal de Esportes, a autorização para promover a manutenção dos dois campos de futebol, da pista de caminhada ao redor e das arquibancadas. Mezzetti adiantou, ainda, que com o documento e as “chaves” do centro esportivo ele poderá cooptar algumas equipes da prefeitura regional para realizar reparos e adaptações em banheiros e aparelhos de ginástica existentes no local.
“Prefeitura regional poderá realizar reparos e adaptações”
PREOCUPAÇÃO
Uma parte dos moradores presentes ao encontro estava preocupada com o gasto que seria gerado pelo local, como água, luz, segurança, limpeza e manutenção em geral. Segundo eles, não seria justo arrecadar dos usuários a verba para pagar as contas. Uma moradora fez questão de frisar a importância da área voltar a ter o ponto de passagem entre a Rua Platina e a Rua Apucarana, principalmente para quem vai à feira livre. Ao ouvir a proposta, o coordenador do governo local da Mooca tratou de tranquilizá-la, afirmando que a interligação das ruas será refeita.
BUSCAR RECURSOS
Na sequência, Nildo (Osai Targino), do Sampaio Moreira, aproveitou para explicar que, após criado o CDC, a diretoria do órgão, com presidente, secretários, conselho de usuários e demais membros, terá a liberdade para buscar recursos por meio de eventos, festas, locação dos campos, entre outras atividades. Para a segurança dos moradores também, a entidade também terá eleição há cada dois anos e um estatuto com as regras para a utilização da área de lazer.
SUPERFATURAMENTO
Por outro lado, alguns participantes questionaram para onde teria ido toda a verba destinada por licitação ao Território CEU Carrão/Tatuapé. Cristiane Casseb, por exemplo, argumentou ser preciso rever os valores investidos. “É necessário investigar se houve superfaturamento da obra”, sugeriu. Já Rafael Henrique Biscaro, que empunhava um calhamaço de documentos relativo ao processo de criação do CEU, pediu a união de todos para descobrir onde estão os mais de R$ 48 milhões destinados à construção.
EX-DIRETOR
O ex-diretor do centro esportivo, José Garcia Telles Jr., se dispôs a apresentar, em uma nova reunião, a planta do projeto do Território CEU e os projetos que estariam destinados ao espaço. Ele aproveitou para enfatizar que, mesmo à distância, continuou pedindo apoio da GCM e da PM no entorno da obra, até para dificultar alguma tentativa de invasão do terreno. O próximo encontro não tem data definida, mas outras entidades interessadas em participar podem encaminhar e-mail para contato@meutatuape.com.br.