O que era para ser um momento de alegria para os belenenses virou um grande imbróglio. A notícia, veiculada por este semanário na edição de 21 a 27 de setembro, sobre o projeto de lei para oficializar a bandeira do Belém, idealizada pela Sociedade Amigos do Belém (SAB), deixou muita gente, digamos assim, “bem chateada”.
Mas qual teria sido o motivo? Não terem levado em consideração a realização de um concurso com alunos de escolas do bairro, iniciado em fevereiro deste ano, que teve como tema central o mesmo objetivo.
“O concurso foi elaborado pela Associação Por um Belém Melhor com a finalidade de criar uma bandeira oficial para representar o Belenzinho. A ideia surgiu no ano passado, entre junho/julho. Procuramos a Sueli, da Subprefeitura Mooca, para saber como deveríamos seguir com o projeto, e fomos informados que deveríamos realizar o concurso por uma associação do bairro, através de escolas ou moradores da região. Em outubro/novembro anunciei na reunião do Conseg que realizaríamos o concurso entre as escolas do bairro. Fizemos o convite e as que aceitaram receberam o regulamento com a data de entrega das bandeiras (05/08/2014) e da grande final (14/09/2014). Convidamos também alguns moradores para fazerem parte do corpo de jurados”, explicou o presidente Luiz Carlos Modugno.
A VENCEDORA
Segundo Luiz, a vencedora foi a aluna Larissa, do 9º ano A, do Colégio Ranieri, que foi premiada com um tablet. O segundo lugar ficou com a aluna Esther, da 8ª séria A, do Colégio Presbiteriano do Brás, que recebeu um smartphone; e o terceiro lugar com o aluno André, do 1º módulo técnico em informática para Internet, da ETEC Parque Belém, que ganhou um vale-compra de R$ 100,00, mais dois almoços em um restaurante do bairro. Na quarta colocação ficou a aluna Beatriz, da 6ª série B, do INSA – Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, que recebeu como prêmio dois almoços.
CRITÉRIOS
Questionado sobre quem participou do concurso, o presidente da Associação Por Um Belém Melhor explicou o seguinte: “Realizamos uma pesquisa e perguntamos quais os colégios que gostariam de participar. Responderam: o Colégio Ranieri, o Colégio Presbiteriano do Brás, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (Insa), e a Etec Parque Belém. Foram os jurados: o doutor Domingos Mantelli Filho (morador ilustre do Belenzinho e advogado), Telma Cristina C. Martins (moradora e proprietária de empresa no Belenzinho), Norberto Mensório (morador, comerciante do bairro e presidente do Conseg Belém), Marlyperez Chiachietto (moradora do Belenzinho e sócia fundadora da escola de ballet Mavi Chicachietto) – ausente e substituída por Monica Mantelli, nascida e criada no Belenzinho); Claudio dos S. Soalheiro (sócio proprietário da pizzaria Dei Cugini, no Belenzinho) – ausente e substituído por Marisa Depmam, moradora do Belenzinho.”
Sobre a SAB ter sido comunicada do concurso, Luiz esclareceu: “Diretamente não. Não foi enviado um documento ao presidente da SAB. Mas souberam do concurso nas reuniões do Conseg Belém.”
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Autor do projeto de lei 01-00442/2014, que oficializa a bandeira do Belém, e diante da grande repercussão negativa, o vereador Toninho Paiva esclareceu através de uma nota oficial quais providências irá tomar e porque teve a iniciativa de oficializar a bandeira.
“No final do ano passado, fui procurado pelo presidente da Sociedade Amigos do Belém, o senhor Giovanni Di Cicco, juntamente com o diretor social, o senhor Marcelo Novato, e outros membros, que me pediram para que fosse o portador junto à Câmara Municipal, de uma reivindicação da Sociedade Amigos para a oficialização da bandeira do Belém.
Na ocasião, inclusive, sugeri aos mesmos que fosse feito um concurso entre todas as escolas do bairro, tanto as estaduais, municipais, como as particulares, até mesmo para que todos os belenenses tomassem conhecimento disso.
No final de agosto, início de setembro de 2014, esteve em meu escritório o senhor Marcelo Novato, dizendo que havia acordo da maioria dos moradores, para a criação da bandeira, e então o fizemos.
Agora, surpreso em saber do contrário, não darei prosseguimento ao projeto de lei e sugiro, ainda, que façamos uma audiência pública, em dia e local de escolha da maioria, para esclarecermos o fato e debatermos as ideias pertinentes.
Meus cumprimentos a todos que se manifestaram democraticamente a respeito numa grande demonstração de carinho e amor pelo Belém”, concluiu o vereador.
Procurado pela reportagem deste semanário, o diretor social da SAB, Marcelo Novato, disse que a entidade não tem nada a declarar e que desconhecia do concurso mencionado.
Belo cara de pau esse marcelo, rouba a ideia e diz q nao sabia