Como já era previsto pela Polícia Militar e pelo Conseg do Tatuapé, a relação entre donos de bares e moradores do bairro iria recrudescer caso a Subprefeitura Mooca não intensificasse a fiscalização sobre os comerciantes que insistem em trabalhar de maneira irregular.
DESVALORIZAÇÃO
E de acordo com as reclamações levadas ao Conseg, na reunião realizada na segunda-feira, 17, no Colégio Amorim, o prognóstico se confirmou e está tirando o sono de muitas pessoas. Cansados do desgaste emocional, da falta de respeito e de verem seus imóveis se desvalorizarem com o tempo, muitos moradores decidiram ir ao ataque, apesar de ainda terem medo de se identificar por conta de possíveis represálias.
MÚSICA AO VIVO
Entre as denúncias, estão bares da Rua Itapura, cujos números dos imóveis foram encaminhados para a subprefeitura, para o comandante da 1ª Cia. do 8º BPM/M, Fábio Pellegrini, e para o delegado titular do 30º DP, Renato Felisoni. Em um deles, o local oferece música ao vivo e as sextas e sábados o lugar abre por volta das 21 horas e só fecha no outro dia às 6 horas. Além do som alto, as pessoas convivem com gritos, brigas e lixo deixado na rua.
MESAS E CADEIRAS
Em outros casos, pedestres e vizinhos não têm mais direito a utilizar as calçadas no fim de semana, pois elas ficam tomadas por mesas, cadeiras, pessoas bebendo e sentadas sobre os capôs dos carros, além de garçons. Quando chove, e os comerciantes cobrem os passeios com toldos que são presos ao chão por ganchos, sobra a rua para quem quiser passar pelo local.
VISITAS
A partir de todas essas questões, um dos presentes ao Conseg, apoiado por outros moradores, sugeriu a formação de uma comissão com a ajuda das polícias Militar e Civil. Ele argumentou sobre a possibilidade do grupo promover visitas a esses bares com o objetivo de verificar se eles possuem alvará de funcionamento, se atendem ao horário de funcionamento permitido por lei, se não vendem bebida alcoólica para menores, se possuem acústica, entre outros itens de segurança para os frequentadores.
LACRADO
Para Felisoni, é imprescindível registrar um boletim de ocorrência para que depois seja instaurado inquérito sobre o caso. Com isso é possível agilizar a autuação sobre o comércio problemático. “Podemos enquadrar o local na lei de perturbação do sossego e pedir ao dono que atenda às normas estabelecidas pela Prefeitura para poder funcionar. Caso contrário, o mesmo será multado e depois lacrado”, avisa.