A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé entrou na apuração dos votos com 1,1 ponto a menos. Em reunião realizada no dia 16 de fevereiro, na sede da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, foi confirmado que a escola completou seu desfile em uma hora e seis minutos, um minuto a mais do que o tempo regulamentar.
A Acadêmicos desfilou na madrugada do domingo, dia 15 de fevereiro e questionou a marcação do cronômetro do Sambódromo do Anhembi. Logo após o desfile, o presidente da escola, Eduardo dos Santos, disse que a agremiação havia terminado o desfile em uma hora e cinco minutos, e que o fechamento dos portões é que havia sido concluído segundos depois, quando o relógio já marcava uma hora e seis minutos.
Ele havia feito um pedido para que as imagens fossem revisadas durante a reunião, na qual foi confirmada a punição. Após a análise, Eduardo disse que esperava que o desempenho da escola fosse suficiente para suprir o ponto perdido.
O presidente da Liga, Serginho, afirmou que a intenção do órgão não é prejudicar nenhuma escola, mas “aplicar o regulamento”.
ÚLTIMO COM GOSTO DE PRIMEIRO
E foi só no último segundo que a Acadêmicos pôde respirar aliviada – ao se livrar do rebaixamento. A escola ficou em 12º lugar, o último do Grupo Especial, com 268 pontos, à frente da Mancha Verde e da Tom Maior, que ficaram com 267,9 e 267,7, respectivamente, e foram rebaixadas.
O resultado foi comemorado com emoção, pois mesmo com a adversidade, a escola conseguiu manter-se no grupo de elite do Carnaval paulistano.
OURO
A escola abusou do dourado no sambódromo do Anhembi. Quisera, não foi por menos: a agremiação do Tatuapé levou um enredo sobre o ouro para a avenida. A história do metal mais obcecado da humanidade foi dissecada, passando pelas origens africanas, Serra Pelada e até o símbolo do metal como sinônimo de vitória.
De inusitado, a escola apresentou o Rei de Bateria. Ao lado da tradicional rainha, o rapaz mostrou samba no pé e não deixou as beldades se sobressaírem no Anhembi.