A Prefeitura fez, há cerca de três anos, a reintegração de posse da área de estacionamento existente em frente e na lateral da sede social do Sport Club Corinthians, no Parque São Jorge. A intenção, na época, era a de incorporar o terreno ao trânsito da Avenida Condessa Elizabeth Robiano, criando mais uma faixa de tráfego, ou de criar vagas de estacionamento no sistema de Zona Azul. Terminada a administração de Fernando Haddad e iniciada a de João Doria, agora assumida por Bruno Covas, o terreno ainda não tem uma destinação oficial. Com isso, os frequentadores do clube seguem estacionando seus veículos, mas sem nenhum tipo de segurança.
Sem guaritas e cancelas, oferecidas no passado pelo Corinthians, os carros passaram a sofrer furtos de estepes e rodas. Quando as pessoas chegavam ao local para buscar o automóvel, o mesmo estava suspenso por suportes de ferro. Quando não, o próprio veículo havia sido levado. Com os crimes, alguns flanelinhas foram convidados por moradores para ajudar na segurança, mesmo sem garantias.
“Finalidade do terreno foi desvirtuada”
Para alguns motoristas, que costumam utilizar o local, caso a CET já tivesse implantado o sistema de Zona Azul, motoristas ficariam um pouco mais tranquilos, pois, querendo ou não, a fiscalização seria mais presente e afastaria os bandidos. O plano até chegou a ser criado, aos moldes do que existe em frente ao estádio do Pacaembu, mas não foi estabelecida data de implantação porque seria necessária a reorganização da área por parte da Prefeitura Regional Mooca.
A reintegração ocorreu a partir de sentença proferida pelo juiz Jayme Martins de Oliveira Neto, por meio do processo nº 0006385-53.2010.8.26.0053. O juiz ainda incorporou ao processo a anotação de que teria ocorrido o desvirtuamento da finalidade legal do terreno, quando o clube passou a abrir o estacionamento ao público e a se beneficiar da receita gerada.
Atualmente, a área não possui nenhum tipo de demarcação, placas e novas faixas de pedestre. Assim, os motoristas estacionam da maneira que quiserem e confiam que o policiamento ostensivo auxilie para a não ocorrência de crimes.