A sinalização de trânsito do Jardim Anália Franco é precária. Que o digam os motoristas que conhecem o bairro pela primeira vez e tentam se aventurar pelas ruas paralelas às avenidas para fugir de congestionamentos, por exemplo. Após meia-hora sem ver uma placa sequer, a pessoa desiste e começa a perguntar. Se a dificuldade é natural durante o dia, à noite os condutores nem se arriscam, pois ainda se deparam com um sistema de iluminação precário em vários pontos do bairro. Nesse caso, as pessoas preferem recorrer aos aplicativos.
JOÃO DORIA
Na gestão anterior, de Fernando Haddad, entre 2014 e 2017, foram previstos gastos da Secretaria Municipal dos Transportes (SMT), em operação e manutenção da sinalização do sistema viário, de R$ 295.805.029,00. Desse montante, uma parcela deveria ter sido designada para novos estudos de sinalização no Anália Franco. No entanto, as verbas não foram aplicadas e a questão acabou sendo transferida, automaticamente, para a gestão de João Doria Júnior.
RUAS E AVENIDAS
Se houver interesse da nova administração, os motoristas apontam que a reivindicação maior está relacionada às placas de orientação de saída para as avenidas Radial Leste e Salim Farah Maluf. As vias locais, como as avenidas Vereador Abel Ferreira e Regente Feijó, também devem receber o mesmo tratamento. As pessoas lembram que uma região de grandes empreendimentos imobiliários, lojas, comércios, shopping e universidade precisa estar melhor sinalizada.
MAIS MORADORES
Com investimento em mais informação, o Anália Franco provavelmente atrairá ainda mais visitantes e fortalecerá seu desenvolvimento já consolidado. E é justamente pensando nesse público flutuante, e nos próprios moradores do entorno, que empresários e lojistas também partilham do direcionamento de mais verbas para a engenharia de trânsito, desde que muito bem fiscalizado.
“BARREIRA”
Isabela de Souza, frequentadora do shopping do bairro nos fins de semana, afirmou parecer existir um tipo de “barreira”, como se pessoas de outras regiões não pudessem visitar o local. Para ela, essa ideia é reflexo da falta de empenho da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). “No entanto, uma empresa não tem o direito de cercear o crescimento da região”, completou.
GASTOS
Até o ano passado, a Prefeitura divulgou os seguintes gastos: modernização semafórica – R$ 206.107.829,00; implantação de vias cicláveis – ciclovias, ciclofaixas e ciclorrota – R$ 80.000.000,00; modernização do controle e fiscalização de tráfego – R$ 4.347.503,00; manutenção e conservação de vias cicláveis – R$ 13.042.510,00; serviços de engenharia de tráfego – R$ 2.608.502.105,00; e operação e manutenção do controle e fiscalização de tráfego – R$ 421.442.643,00.