No mês de abril, esta Gazeta voltou a publicar matéria sobre a não finalização do projeto de instalação de portas automáticas na plataforma da estação Vila Matilde do Metrô, na Linha 3-Vermelha.
O projeto consiste em estruturas de vidro (com cerca de 2,5 metros de altura) que se estendem por toda a plataforma e têm aberturas simultâneas com as portas do trem. Para o Metrô, a principal vantagem do equipamento é diminuir a interferência na circulação das composições, além de organizar o fluxo na plataforma e proporcionar um embarque e desembarque mais seguro.
RESPOSTAS
Tudo começou em 2010, quando as portas de segurança, ou “anti-suicídio”, como também são chamadas, começaram a ser colocadas em algumas estações. O projeto chegou à Zona Leste, só que parou, deixando o serviço pela metade.
Várias foram as respostas da Companhia do Metropolitano (Metrô) sobre a linha que liga Itaquera à Barra Funda. Entre elas, que as portas estavam em testes e que a entrega do sistema deveria ocorrer no segundo semestre deste ano.
NOVO CONTATO
Na semana passada, a reportagem contatou novamente a assessoria de imprensa do Metrô. Em nota, ela informou que “inicialmente duas empresas foram contratadas, por licitação, para a realização da instalação das portas de plataforma, em fevereiro de 2010. Uma delas apresentou problemas financeiros que provocaram a paralisação dos serviços, no início de 2011”.
Foi dito ainda “que o Metrô não sofre nenhum prejuízo operacional e que, por conta do atraso na conclusão das obras, a empresa contratada foi multada em 10% do valor total do contrato”.
A assessoria também voltou a dizer que as portas de plataforma da estação Vila Matilde estão em testes e que a finalização da instalação deve mesmo acontecer em 2013. “Os trabalhos foram retomados no ano passado, evitando qualquer tipo de prejuízo à companhia”.
TESTES EM 2011
Em 2011, existiu a possibilidade das portas começarem a funcionar. Durante alguns meses, inclusive, o Metrô realizou vários testes e os passageiros tinham de fazer baldeações para evitar a plataforma da Vila Matilde. Contudo, durante essa fase, o consórcio Trends-Poscon, responsável pelo equipamento, foi desfeito quando uma das empresas alegou estar com problemas financeiros. Com isso, a coreana Poscon teria assumido uma maior parte do consórcio. Informação não confirmada à época pelo Metrô.
PRÓXIMAS
Há dois anos a Companhia revelou ter a pretensão de implantar as portas de plataforma nas estações Marechal Deodoro, República, Anhangabaú, Sé, Brás, Bresser-Mooca, Belém, Tatuapé e Artur Alvim. Quanto às estações Penha e Carrão, elas deveriam ser as duas próximas a receberem as portas de plataforma.
Entretanto, em sua resposta atual, o Metrô não pronunciou nada especificamente a respeito, somente que “o contrato prevê a implantação de Portas de Plataforma em 12 estações no valor de R$ 71.447.002,16 e a implantação em outros locais ocorrerá após o início da operação deste dispositivo na Vila Matilde”, na resposta enviada em abril.
Vanessa de Sousa e Sérgio Murilo