Os motoristas que circulam pelas ruas Julio Colaço e Tamaindé devem ter muita paciência quando chegam às imediações da Avenida Aricanduva. Quem está na Julio Colaço, no sentido bairro, por exemplo, trafega em boa velocidade até chegar à Avenida Ibiúna, na Vila Matilde. Porém, no local, os condutores enfrentam quatro situações distintas.
CRUZAMENTOS
A primeira é esperar abrir o semáforo para atravessar a Ibiúna. A segunda é parar também antes de chegar ao outro lado da Aricanduva, sentido Carrão ou Tatuapé. A terceira é ver se quem está na Ibiúna quer ir em direção à Aricanduva ou atravessar a Julio Colaço. E a última relaciona-se ao motorista que sobe a Julio Colaço em direção a Penha ou quer virar na direção da Rua General Souza Neto, que também dá acesso à Radial.
SEM PACIÊNCIA
Para cada momento, muitos carros, pouca paciência e, consequentemente, abusos contra a lei de trânsito. Segundo moradores da região isto ocorre naquele local por falta de uma fiscalização contínua da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da revisão do tempo dos semáforos. André Santana afirmou que quando a Marginal Tietê está congestionada, o trânsito reflete em toda a extensão do viaduto até chegar na Avenida Aricanduva. “Isto faz caminhões, ônibus e carros pararem bem no cruzamento com a Julio Colaço, segurando o tráfego em todas as vias”, reclamou.
DIFICULDADES
No caso da Tamaindé o problema se repete, mas do outro lado da Av. Aricanduva. Quem está na Tamaindé, sentido centro, encontra dificuldades em atravessar a Rua Júlio Colaço, mesmo com o semáforo aberto. Isso porque os veículos que vêm do centro, pela Rua Comendador Gil Pinheiro, e querem entrar na Aricanduva ou mesmo atravessá-la, no sentido bairro, fecham o cruzamento. Além deles, existem os carros da própria Julio Colaço esperando para fazer o mesmo caminho.
ACIDENTES
Com isso, os semáforos de todas as vias abrem e fecham várias vezes, nos horários de pico, sem que haja algum tipo de alternativa para os motoristas. Como resultado, surgem as brigas e acidentes no trânsito. Diante desta situação, as pessoas que se utilizam dessas ruas e avenidas pedem uma colaboração maior da CET, pois, sem ela, os condutores ficam à mercê da boa educação ou do bom senso. Contudo, nem sempre um destes dois atos prevalecem.
ESTUDOS DE TRÂNSITO
O estudante Artur Hebert, por exemplo, ressaltou nunca ter visto um trabalho de orientação da Companhia de Tráfego em pontos que antecedem o gargalo da Avenida Aricanduva. Conforme ele, ainda, não existem desvios de trânsito para fazer o motorista escapar dos congestionamentos em determinados horários. “Isto nos leva a crer na falta de um estudo mais aprofundado sobre o número de carros que circula nestas vias. É preciso levarmos a diante nossas reivindicações, pois, com a chegada de novos condomínios na região, a tendência é a do trânsito piorar mais”, analisou.
A solução é uma só, concluir a ponte aricanduva com as 8 faixas, construindo a segunda via de 4 faixas no sentido da Fernão Dias/Dutra/Trabalhadores/Marginal para a Av. Aricanduva, que estamos aguardando a mais de 30 anos.