Um homem morreu e uma mulher ficou em estado grave depois que um fio de alta tensão caiu no carro em que estavam, por volta das 16 horas, da quinta-feira, dia 17 de julho, na Rua Vilela, no Tatuapé.
Segundo moradores, o carro passava em baixa velocidade quando o fio caiu sobre o teto do carro, um Corsa. O casal abriu a porta do automóvel, mas as duas vítimas levaram um choque e caíram no chão, com parte do corpo ainda no veículo. Com a corrente elétrica, de 7.000 volts, o veículo pegou fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro viaturas foram enviadas ao local.
O vendedor Nivaldo Gomes de Freitas Junior, de 29 anos, ficou carbonizado e teve morte instantânea. Sua mulher, a vendedora Elivânia Maria do Nascimento Freitas, de 30 anos, recebeu uma carga menos intensa e teve uma parada cardiorrespiratória.
Elivânia foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Pronto-Socorro do Tatuapé, onde até o fechamento desta edição estava internada em estado grave. Segundo parentes, ela teve ainda 30% do corpo queimado.
O caso foi encaminhado ao 30º Distrito Policial, que investigará as causas do acidente. A AES Eletropaulo, responsável pela distribuição de energia na capital paulista, lamentou o ocorrido e disse que está apurando o caso.
COMO EVITAR?
A Gazeta já publicou diversas matérias sobre fios soltos e os perigos que eles oferecem. A AES Eletropaulo pede que, ao se deparar com fios soltos ou amarrados em postes, que a pessoa não mexa neles e que acione imediatamente a concessionária por meio do telefone 0800 72 72 196.
Em casos de acidentes, principalmente os que envolvem fios de alta voltagem, não há muito que se fazer. O primeiro passo é certificar-se se de que a energia foi interrompida e se não há condutores elétricos por perto, como poças d’água, metais e fios soltos. Ao se aproximar da vítima, só a tocar com objetos isolantes. Depois disso é necessário verificar seu pulso, para conferir os batimentos cardíacos e ver se está respirando, e claro, chamar o socorro médico imediatamente.
DE QUEM É A CULPA?
Porém, mesmo diante de uma situação acidental, fica a pergunta: será que isso poderia ser evitado?
Não é difícil encontrar pelas ruas do bairro fios emaranhados e soltos, sem qualquer tipo de manutenção e/ou reparo. As reclamações dos leitores também não são poucas, que muitas das vezes confessaram recorrer aos veículos de comunicação, como este semanário, por exemplo, para terem os seus pedidos atendidos.
Diante da comoção que a fatalidade gerou nos moradores, fica o apelo para que as manutenções da fiação sejam mais regulares, e que haja também mais fiscalização, a fim de evitar tragédias como a que ocorreu na semana passada.