Moradores de um condomínio localizado na Estrada Velha da Penha, no Tatuapé, reclamam do aumento no comércio de drogas na região. Segundo eles, usuários e traficantes costumam utilizar a lateral do córrego Aricanduva para atender clientes e distribuir os entorpecentes. Além do tráfego intenso de pessoas para compra e venda, alguns viciados decidiram construir barracos com as estruturas encostadas no muro do conjunto residencial. Quem tem apartamento no endereço revela que muitos dependentes preferem adquirir o produto e consumir na hora.
SEM SOLUÇÃO
Para boa parte dos vizinhos, a presença das polícias Militar e Civil existe. Porém, apesar das diversas interferências, o problema não é resolvido. Atualmente, as casas feitas de madeira, com cobertura de plástico, prejudicam principalmente o residencial Aldeia dos Pássaros. Inclusive, em oportunidades anteriores, vários condôminos registraram protocolos na Prefeitura. As solicitações renderam pelo menos duas incursões de agentes municipais, culminando na retirada de barracos. Após a ação, moradores declararam que as equipes da Prefeitura chegaram a prometer novas providências. Contudo, até agora nenhuma nova atitude foi tomada.
ENTULHO E LIXO
Equipes de limpeza costumam retirar os detritos do local, entretanto, em questão de horas, o espaço volta a ficar repleto de entulho e lixo. Moradores dos apartamentos frisam que a área é usada para a reciclagem de diversos tipos de materiais. Do mesmo modo, há pessoas que queimam fios para retirar o cobre, enquanto outras se prostituem para saldar dívidas de drogas.
ASSÉDIO EM COMÉRCIOS
Os reclamantes declararam que o uso de drogas no espaço é diário e acontece nos períodos da manhã, da tarde, da noite e durante a madrugada. Condôminos e outros moradores do entorno ouvem gritos e brigas o tempo todo, o que gera medo de sair de casa. Além disso, existem pessoas pedindo dinheiro nas portas de todos os comércios. Por outro lado, quando alguém decide ajudar, muitos produtos doados são revendidos.
SUGESTÃO DE BARREIRAS
Agora, os moradores do condomínio solicitam da Prefeitura algum meio de impedir que os usuários de drogas circulem livremente pelo local. Eles alegam que o chamado “fluxo” prejudica cerca de 5 mil condôminos. Por outro lado, o prédio está sendo infestado por ratos. Em relação à questão social, as pessoas que vivem no entorno não veem a presença de agentes da Secretaria de Assistência.