Este mês a reportagem desta Gazeta voltou à Praça Lions Clube Penha, no Tatuapé, para verificar o andamento das obras no local que deverá ser transformado em parque. Localizada na Marginal Tietê esquina com a Rua São Felipe, a praça recebeu cerca de R$ 600 mil em emenda parlamentar direcionada pelo vereador Toninho Paiva. Desse montante, cerca de R$ 250 mil foram gastos com a instalação de gradil em volta do terreno.
APARELHOS
Outra parte do dinheiro foi usada na implantação de aparelhos de ginástica para idosos, playground de madeira, equipamentos para aquecimento e outros exercícios, além de mesas e bancos de alvenaria. De acordo com Carlos Nujud Nakhoul (Nei), morador do condomínio Splendor Square, que fica de frente para a praça, a primeira etapa do projeto foi concluída dentro do esperado pelos participantes das reuniões realizadas com técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Subprefeitura Mooca, empresa responsável pelo gradil e o vereador.
RECIPROCIDADE
Para Nei, os interessados na criação do parque têm sido bem recebidos pelo subprefeito Evando Reis e pelo parlamentar. “Inclusive recebemos a visita da vice-prefeita Nádia Campeão, em outubro, na área verde. Na oportunidade, conversamos sobre as pretensões dos moradores e estudantes de escolas da região e ouvimos as explicações sobre o processo”, ressaltou.
BUROCRACIA
De acordo com o morador, ainda, a morosidade na continuidade do projeto se dá por conta da burocracia existente na Prefeitura. “Acreditamos que, para as construções da ciclovia, pista de caminhada e de skate terem sequência, é necessário que o prefeito Fernando Haddad aprove a transferência de responsabilidade do espaço para a Secretaria do Verde, pois atualmente pertence à subprefeitura. Após essa tramitação, a praça pode ser transformada em parque e as obras deverão continuar”, previu Nei. Por fim, ele disse acreditar na realização de uma solenidade na própria praça, de assinatura de liberação do terreno, com a presença do prefeito.
MATO ALTO
Na semana anterior foi possível verificar que o mato voltou a crescer e alguns aparelhos ficaram com a utilização comprometida. Além disso, sem-teto construíram barracas dentro do terreno e usam uma das laterais para estender suas roupas. No mesmo lugar eles também fazem fogueiras e se servem das mesas e bancos para comer e deixar seus utensílios.
ALBINO FRANCO
Conforme Nei, alguns aparelhos começaram a ser utilizados, mesmo com o lugar ainda não oficializado. Sobre os sem-teto, o morador do condomínio afirmou que assistentes sociais estão acompanhando o caso e que se trata de uma jovem e não de uma família.
A partir de agora, resta acompanhar as próximas ações da Prefeitura com relação à ocupação da área do CDC Albino Franco, que fica ao lado, e com a possível criação de um skatepark em um terreno anexo no qual havia sido proposto a construção de uma creche, mas que havia sido desaprovada pela Diretoria Regional de Educação.