Há dois anos o Tatuapé recebeu sua primeira Operação Delegada. Na época, o prefeito Gilberto Kassab e o comandante do 8º Batalhão da PM estabeleceram um acordo para o mapeamento da área a ser atendida. No final, milhares de produtos irregulares foram apreendidos, carros estacionados em locais proibidos foram multados e suspeitos foram levados à delegacia para averiguação. Durante o trabalho, alguns comércios também receberam autuações. Moradores de rua e crianças foram encaminhadas para instituições de assistência social municipais.
ANÁLISE DE CASO
Há cerca de quatro meses, por conta do sucesso da operação, moradores foram pedir ao prefeito pelo retorno da ação conjunta e ele respondeu que iria analisar o caso. A preocupação maior das pessoas está relacionada à aproximação do período de compras de fim de ano. Nesse período, os dois shoppings próximos à estação Tatuapé do Metrô têm um grande aumento de fluxo de consumidores e visitantes. Com isso, ladrões tentam se aproveitar da situação e roubam carteiras, bolsas e celulares.
SEM RESPOSTA
Com o objetivo de conseguir novas informações, esta Gazeta entrou em contato com a Secretaria de Segurança Urbana, no entanto, não obteve resposta. Agora, os moradores querem saber se existe a possibilidade da Operação ser realizada antes do novo prefeito, Fernando Haddad, assumir. Em sua primeira entrevista coletiva após vencer as eleições, Haddad revelou ter interesse na manutenção da Secretaria e de querer reforçar o caráter comunitário e de prevenção da mesma. Ele disse que a ação será mantida, porém haverá uma reavaliação do trabalho.
O plano de combate a irregularidades é uma oportunidade para policiais militares que queiram usar seus dias de folga para complementar a renda familiar. Os PMs podem trabalhar até 96 horas por mês na operação. O salário, pago pela Prefeitura é de R$ 12,33/hora para os praças e de R$ 16,45/hora para os oficiais. Caso o soldado complete o período total de obras, seu salário pode chegar a R$ 1.183,68. Já o oficial poderá receber R$ 1.579,20.