Uma representante do Edifício Costa Dorada foi à reunião do Conseg Tatuapé para entregar um abaixo-assinado contra a AES Eletropaulo. Segundo ela, após a queda do cabo de eletricidade, que ocorreu em julho deste ano, matando uma pessoa e ferindo a outra gravemente, o prédio localizado na Rua Itapura, 437, começou a sofrer constantes sobrecargas de energia. Além disso, os moradores passaram a ficar com medo de transitar pela região com a preocupação de ocorrer outras quedas de cabos. A Eletropaulo relatou que as investigações sobre o cabo de alta tensão que caiu sobre o carro, no Tatuapé, ainda não foram concluídas.
DOCUMENTO
Por conta do problema, as pessoas lesadas encaminharam o documento ao Conseg para verificar a possibilidade da entidade ajudar na solução da questão. Para o inspetor chefe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) Mooca, Hernane Pereira Melletti, de qualquer forma o pedido tem de ser encaminhado à Eletropaulo. “O Conseg irá intermediar, mas o condomínio poderia ir diretamente à agência mais próxima e entregar o abaixo-assinado”, lembrou.
RESPONSÁVEL
Melletti ressaltou, ainda, que o mesmo ocorre com os fios caídos ou enrolados nos postes. “Antes de procurar o responsável é preciso ver a quem pertence os cabos para poder enviar a reclamação à concessionária certa”, avisou. Com a fala o inspetor respondeu à moradora que reclamou do poste derrubado na Rua Julio Izar esquina com a Rua Cantagalo.
RISCO DE CHOQUE
Ela salientou a falta de preocupação das empresas com esses casos. “As pessoas não são obrigadas a saber se os cabos são de energia, telefonia ou de TV a cabo. A questão está relacionada ao risco vivido por vizinhos e pedestres”, desabafou.
De acordo com balanço do Corpo de Bombeiros, divulgado a pedido do jornal “O Estado de S. Paulo”, entre 1º de janeiro e 10 de julho deste ano, foram registradas 92 ocorrências com cabos de eletricidade.
EMPRESAS
Na capital, onde houve 63 casos em 2014 dentro do intervalo de tempo do levantamento do Corpo de Bombeiros, a concessionária que faz o fornecimento de energia é a Eletropaulo. A empresa também é a responsável pela instalação dos postes usados por ela e diversas empresas de telecomunicações para pendurar fios.
ALUGUEL
Por ano, a concessionária lucra R$ 100 milhões com o aluguel dos postes. A empresa afirma que o lucro é usado para deduzir o valor da conta de eletricidade dos clientes.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os fios energizados que se partem caindo sobre as vias públicas podem estar energizados com até 13 mil watts de potência. “Uma fiação elétrica quando cai libera uma grande quantidade de energia. Ela se dissipa e pode colocar fogo em um carro”, explicou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
Olá, já liguei na Aneel, mas fui informada que não poderia abrir queixa pois eram poucas as reclamações vindas desta área, solicitei junto a Eletropaulo um documento mostrando o tempo das quedas de energia, nunca foi enviado… ou seja, não temos o que fazer diante das frequentes quedas de energia.