O calçamento existente no entorno do Largo São José do Maranhão está em reforma. Apesar das melhorias propostas para o local, moradores pedem que a empresa responsável pelas obras favoreça os pedestres que precisam circular pelo passeio. A sugestão está relacionada ao fato de toda a calçada ter sido quebrada de uma única vez, sem deixar um caminho principalmente para as pessoas mais idosas.
MOBILIDADE
A moradora Isabel Secco Dias, por exemplo, lembrou que muitos usuários do largo têm dificuldade para caminhar e também sofrem com problemas de visão. “Deixar degraus, trechos com pedras e outros só com terra, além de restos de calçamento quebrado, só dificulta a vida de quem tem a mobilidade reduzida”, avisou Isabel. Ela alertou, ainda, para a questão da demora das obras, pois demora-se 15 dias para quebrar, depois mais um mês para preparar o terreno e por fim outro período longo para terminar.
INTERTRAVADO
Outros moradores que caminhavam pelo largo na última sexta-feira, dia 14, perguntaram por que a Prefeitura não tem mais utilizado o piso intertravado em calçamentos públicos. A dona de casa Maria de Souza disse que, além de ficar mais bonito, impede que fiquem as poças de água quando chove. “O concreto não absorve a água e quando a chuva é de enxurrada a terra escorre sobre o piso cimentado e, ao invés de ajudar, fica perigoso para alguém escorregar”, ressaltou.
PROCESSO
Quando a Prefeitura utiliza o bloquete intertravado, os funcionários da obra não usam cimento, pois as peças são de encaixe. Antes da instalação, o solo é preparado para que haja uma absorção maior da água das chuvas. Além da parte de terra, cria-se uma camada de areia e depois joga-se pedriscos, antes de se colocar uma nova base de areia para acomodar o piso. Todo esse processo dificulta a ondulação das peças e favorece os arremates na hora do ajuntamento e nas laterais voltadas para o meio-fio.
OUTRA PRAÇA
Enquanto o processo de reforma do piso do Largo do Maranhão ainda está indefinido, a Praça Doutor Almeida Junqueira, na confluência das ruas Mateus Gomes e Padre Germano Mayer, estava tendo o piso concretado no mesmo dia da presença da reportagem no largo. Ao mesmo tempo que os homens estavam trabalhando, alguns cães já haviam marcado todo o cimento com as patas. Outro detalhe é que a preocupação deles estava voltada exclusivamente para a calçada, pois os canteiros estavam cheios de lixo e restos de aparelhos eletrônicos.
SEM MURETA
Antes do piso ser concretado, não havia nenhuma espécie de mureta separando o canteiro da calçada. Dessa forma, seria evitado que a terra descesse sobre a área cimentada. Tanto no largo quanto na praça não há placas com informações relacionadas ao direcionamento das obras, aos custos das reformas e aos responsáveis pelos trabalhos. Há anos estão na fila das reivindicações o calçamento, a iluminação, a área gramada e os jardins. Por isso e por outros motivos, as pessoas querem saber se o dinheiro voltado para os dois locais está sendo bem empregado, para poderem fiscalizar e cobrar se houver alguma irregularidade.