A delegada titular do 30º DP – Tatuapé, Ana Lúcia de Souza, voltou a criticar a postura da Subprefeitura Mooca durante reunião do Conseg Tatuapé, que ocorreu no último dia 26, no Colégio Amorim. Ela lembrou do fato de não haver fiscalização sobre os comércios irregulares a ponto de impedí-los de continuar prejudicando os moradores da região. “Quando nós intimamos os donos de bares para comparecerem à delegacia, para prestarem esclarecimentos, estamos assumindo um ônus que não é próprio da Polícia Civil”, avaliou.
No entanto, Ana Lúcia relatou não ser possível aceitar os abusos cometidos por alguns comerciantes. A delegada falou das tabacarias que foram repreendidas nas ruas Emília Marengo e Itapura, e dos bares, dos mesmos endereços, cujos donos foram chamados ao 30º DP. “Apesar da questão ser de competência do Psiu (Programa do Silêncio Urbano) e da subprefeitura, eu e o capitão Lima (comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM) não vamos permitir que os proprietários desses lugares deixem seus clientes provocarem verdadeiras algazarras na madrugada”, avisou.
“Intervenções podem aumentar”
Durante o encontro, ela ainda deixou claro que, se os comerciantes não se adequarem às medidas que preservem o sossego das pessoas, além da acessibilidade, sua equipe irá abordar os clientes todos os fins de semana. “Eu acompanho quatro inquéritos, em andamento, que envolvem 12 bares. E não vai demorar muito para que haja uma intervenção mais dura por parte da Justiça”, previu Ana Lúcia.
A delegada aproveitou a presença de alguns donos de bares na reunião para pedir compreensão e respeito. “Não dá para um estabelecimento, instalado na região que tem o IPTU mais caro de São Paulo, fazer churrasquinho na calçada. O mesmo vale para as caixas de som. É um absurdo!”, declarou.
Aproveitando a fala de Ana Lúcia, o morador de uma das travessas da Rua Emília Marengo afirmou que os imóveis estão se desvalorizando e não há como receber parentes em sua casa. Ele mostrou imagens de meninas fazendo xixi no meio da rua, em frente à sua casa. Fora as garrafas e copos espalhados pela calçada. Após ouvir todos os depoimentos, Clodoaldo Pizeta Filho, representante da Subprefeitura Mooca no Conseg, informou que só poderia entregar as demandas aos responsáveis pelas áreas citadas. Sobre pedidos de meses anteriores, ele disse não ter respostas.