Com base em informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública, é possível fazer um balanço oficial das ocorrências registradas na região coordenada pelo 30º DP – Tatuapé e pela 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM.
Começando pelas boas notícias, a partir desses dados, nos últimos sete meses não foram registrados tentativas de homicídios, homicídios (categoria culposo outros) e latrocínios. Os roubos a bancos também tiveram índices zero, bem como os homicídios dolosos por acidente. Nesse mesmo período, os casos de homicídios dolosos foram três e os homicídios culposos por acidente de trânsito também foram três.
Os números de crimes começam a subir a partir dos registros de estupros, que foram oito, incluindo o envolvimento de vulneráveis. Daí, os índices se elevam mais com os roubos de cargas, que chegaram a 15 boletins de ocorrência.
Quando se chega aos registros de crimes contra o patrimônio, os dados sobem a outro patamar. Os roubos de veículos, por exemplo, foram 119, enquanto os roubos de uma maneira geral chegaram a 559. A escalada continua com os furtos de veículos, alcançando 641 casos, na soma dos meses, e se encerra com os considerados furtos outros, batendo a marca de 1.463 casos.
Os números reforçam a realidade de um bairro de vida noturna intensa e de uma alta frequência de moradores e frequentadores de bares e restaurantes, que somam 140, shoppings e universidades.
“Também há casos perigosos”
Diante desse quadro, o comandante da 1ª, capitão Felipe de Lima Simões, afirma que há um desdobramento do policiamento ostensivo em ruas onde os índices são mais críticos.
Segundo o comandante, a maior parte dos registros está relacionada a casos de menor poder ofensivo, mas que atrapalham a vida de quem mora no Tatuapé. “Esses são os bares, que abusam do horário e da ocupação de calçadas; e os estabelecimentos comerciais que atraem frequentadores mal educados”, avalia. Atrelados a todo esse movimento estão os motoristas que estacionam seus carros nas ruas e são vítimas de furtos ou roubos.
Conforme o capitão, o trabalho é intenso porque, além desses casos, existem as situações de maior perigo, como os homens que foram presos ao se passarem por policiais em um veículo descaracterizado. Eles possuíam armas, coletes à prova de bala, insígnias da Polícia Civil e mandado de busca falso. “Em outro momento, foi encontrada com dois suspeitos, que ouviam som alto em um carro, uma arma belga cujas balas perfuram coletes.