O que ocorreu nesta semana com a capital de São Paulo é motivo de intervenção até da União Federal, já que a cidade não tem prefeito. É inacreditável como somos frágeis, como somos impotentes! Um simples sindicato sustentado por verbas federais, graças ao “Cara” que lhe repassou verbas monumentais da Confederação, resolve deflagrar uma greve e a maior metrópole da América Latina para.
A nossa prefeitura é tão atenta aos problemas da cidade, tão atuante e pecou mais uma vez pela mais absoluta omissão. Enquanto todos andavam a pé e se desesperavam na multidão, o sr. prefeito se preocupava em lançar um plano para que todos andem de “bicicleta”, que agora virou a grande solução para todos os males da cidade.
Não há um único plano de emergência para suprir a cidade de greves de metrô, trem ou ônibus. Com isso, eles estão com a faca e o queijo na mão, fazem o que bem entendem, e não são punidos.
Vejam que a Justiça determinou que o Metrô mantivesse funcionando uma parte dos trens nos períodos de pico, e ninguém obedeceu a Justiça. Os sindicatos mandam, desmandam, e hoje são o quarto poder neste país, graças ao “Cara” e ainda há quem o deseje de volta.
Só quem sofreu na carne o sofrimento de horas e horas de caminhada ou de trânsito parado, pode dar seu testemunho do que é angustiante, querer chegar e não poder. Quanto prejuízo para a cidade e para o meio ambiente, quanto gás carbônico lançado no ar, quanto estresse, e as autoridades são absolutamente insensíveis, nenhuma punição.
Claro que o direito de greve é constitucional e ninguém é contrário, mas há que se respeitar a Justiça e o direito de cada cidadão. As greves não são contra o patrão, são contra o povo. Este é quem sofre, pois o patrão acabará recuperando o prejuízo. Ele tem a maquininha de aumentos para remarcar o preço, mas o povo só tem o bolso para pagar a conta.
É o que temos dito: vivemos em uma cidade sem governo; de há muito São Paulo não tem prefeito; desde o momento que ele resolveu fazer carreira política e criar um partido, perdeu o foco e ficamos abandonados.
A prova maior disso é que, como já dissemos, embora a greve seja um ato previsível, a Prefeitura não se prepara para isso, como não se prepara para as enchentes, para nada. Esta cidade pode, de um momento para o outro, virar um verdadeiro “inferno”, pela mais absoluta omissão dos poderes constituídos.
Quantos milhões de pessoas não foram prejudicadas e quantos milhões de reais não foram perdidos? Agora, se pergunta: quem indenizará isso? Os sindicatos recebem multas, mas nunca se sabe o que acontece. Certamente nenhuma delas foi paga. O “Cara” protege, o grande “pai” não permite; só não se sabe até quando protegerá.
Apesar do direito de greve, o que causa estranheza é que a categoria dos metroviários, sem dúvida, é mais bem aquinhoada por bons salários. Será que realmente era preciso tudo isso, ou tudo não foi muito bem orquestrado como força política para prejudicar o governo de São Paulo. Isso já faz parte da campanha política do sr. Haddad que felizmente está por baixo e precisa crescer, mas que, se Deus assim o permitir, não passará de onde começou, nem que o “Cara” dê a cara para bater.
Em São Paulo, a cara do “Cara” não é assim tão bem vista, senão teria reelegido a Marta, ou eleito o Mercadante. Esse foi o episódio mais lamentável dos últimos tempos. Não queremos mais passar por isso. Vamos ver se o sr. prefeito arma a cidade para enfrentar mais uma dessas. Será difícil, mas, quem sabe, depois da grande refrega política, ele poderá acordar.
Sergio Carreiro de Teves