Já sentimos o quanto nos custaram as medidas de redução de energia elétrica, cantadas em prosa e verso pela Dilma, como uma benesse que demonstrava como era bom o seu governo e todos vibraram com isso.
Logo em seguida, veio a seca e todos passaram a sentir o efeito da medida “populista”, com a criação de faixas de consumo e com um aumento que acabou recuperando todo o dinheiro perdido por parte das concessionárias.
O governo Dilma, também para demonstrar como era sensível às dificuldades das empresas, e para que elas pudessem gerar mais empregos, desonerou a folha de pagamento, arcando o erário público com os prejuízos.
Agora, o governo, em estado de imensa penúria, com um déficit cavalar nas contas, lembrou-se dessa benesse do passado, analisou seus efeitos, e sentiu que para a geração de empregos não serviu e só serviu para aumentar ainda mais o rombo das contas e investe contra essa medida.
Na verdade, é uma medida que aumenta os custos das empresas, em momento onde elas lutam para sobreviver. Já cortaram mais da metade de seus efetivos por não poderem pagar salários e encargos, e o governo, de forma insensível, aumenta mais uma vez a sua carga tributária, voltando a cobrar os impostos na forma com o fazia anteriormente.
Realmente, parece que não mudou nada, ninguém consegue encontrar outra forma de recuperação de déficit que não seja lançar sobre o povo a grande culpa, impondo-lhe cada vez mais impostos.
Se já estava difícil para as empresas aumentarem seus quadros, agora acabou de vez essa possibilidade.
Só o governo não vê isso e, ainda, declara que não descarta a possibilidade de aumentar impostos. Diz que o aumento pode não ficar restrito ao IOF para cooperativas de crédito. Caso a previsão de receitas não se concretize, a ponto de garantir a meta de déficit de R$ 139 bilhões, a elevação de tributos pode ser necessária.
Enquanto isso, estarrecidos, assistimos às cenas que se pode dizer “Dantescas”, do inferno de Dante, onde os procuradores da Fazenda, da força tarefa, comunicam ao povo que, por ação civil, entrariam com pedido de responsabilização por atos de improbidade administrativa contra os partidos políticos e um grupo de políticos acusados de envolvimento em corrupção na Petrobras.
Sendo que o Ministério Público solicitou ao PP, pessoas jurídicas e dez políticos ligados à legenda , entre eles seis deputados federais, que paguem R$ 2,3 bilhões em ressarcimento e multas por danos aos cofres públicos.
Isso mais parece uma piada de mau gosto. Só serve mesmo para fazer um carnaval, que está se repetindo com os representantes do Ministério Público Federal, especialmente Deltan Dallagnol, que é o coordenador da Lava Jato. Com certeza, jamais esses valores voltarão para os cofres públicos. Se voltassem, boa parte do déficit seria coberto, mas, tudo não passa mesmo de carnaval, triste ilusão. Aliás, muitas acusações e condenações, e o dinheiro que é bom ninguém vê. Sabe-se que saiu, mas não voltará mais.
No momento em que começasse o processo, o correto seria bloquear todos os bens de todos os bandidos até a terceira geração, mas isso não se faz. Então, só com muita dificuldade se recuperará alguma coisa.
Os únicos que pagam somos nós, os trabalhadores, porque descontam direto de nosso salário e de nossos rendimentos. Então, tudo isso não passa mesmo de balela e podemos esperar o pior, mais impostos, mais encargos e mais desemprego e fome.