Ele ia muito bem, até que falou as palavras mágicas: “não descartamos a possibilidade do aumento do PIS e da Cofins”.
Até então ele só dava notícias boas: redução da Selic, redução da inflação, uma recuperação nos empregos, uma leve reação da economia… Tudo muito agradável, todavia, após anunciar a possibilidade de recuperação de 58 bilhões em decisões judiciais, disse que, mesmo assim, não descarta a possibilidade de aumentar impostos para reduzir o déficit orçamentário.
A grande população pergunta ao sr. Meirelles: o que ela tem a ver com esse déficit? Quem criou esse déficit? Ora, já se conhece os responsáveis.
Depois de dois longos anos de investigações, sem dúvida, já se sabe perfeitamente quem são os responsáveis. Então, já que se sabe, é de perguntar-se: por que não se vai buscar os bilhões e bilhões que foram desviados? Com certeza esse dinheiro todo está nas contas desses “bandidos” e eles têm nome e endereço. O que estão esperando nossas autoridades para buscar esse dinheiro e acabar com o tal do déficit público.
Com certeza todo esse dinheiro será suficiente para cobrir os rombos do erário, mas o que se está assistindo é uma repetição do passado. O sr. Meirelles opta pela mais simples das soluções, ou seja, aumentar impostos.
O PIS e a Cofins incidem sobre tudo, pois incidem sobre a receita das empresas, então, nada escapa, e tudo isso será imediatamente repassado para o consumidor.
Sr. Meirelles, a alta de tributos é inconcebível, é uma verdadeira traição, uma punhalada nas costas do povo, que acreditava em suas promessas de que não haveria aumento de impostos. Mesmo assim, na primeira oportunidade, em que a situação aperta, o sr. apela para o velho remédio!
Já somos uma das nações que mais recolhe impostos, na pessoa jurídica e na física. Na jurídica no mínimo 34% do lucro vai para o governo, um sócio sem capital, e na pessoa física, pode ir até 27,5%, na fonte, até porque, não se atualiza o valor dos gastos médicos, escolares e dos dependentes. Então, cada ano se paga mais impostos, o cidadão fica cada vez mais empobrecido e o governo enriquecesse, e faz mal uso do dinheiro.