Cinco meses após o último contato com a Faro Leilões, esta Gazeta voltou a falar com a empresa sobre o caso do prédio do antigo Shopping Chic, localizado no quadrilátero formado pelas ruas Icaraí, Cesário Galeno, Honório Maia e Antonio de Barros.
Segundo a Faro, o leilão ocorrido em janeiro não obteve propostas que pudessem dar continuidade ao arremate do prédio e também de todos os valores envolvidos nos processos trabalhistas movidos por ex-funcionários de comércios que ocupavam o lugar.
NOVO VALOR
Com isso, a empresa de leilões revelou que o local ainda está longe de ter um novo dono. Isto porque como a negociação recente não vingou, será preciso organizar uma outra assembleia para que se estabeleça um valor mais atraente para o imóvel, na intenção de atrair mais investidores interessados. Apesar de haver a vontade de se solucionar a questão, a Faro informou que, por enquanto, ainda não foi estabelecida uma data para o encontro das partes envolvidas.
DESVALORIZAÇÃO
Em setembro de 2013 o prédio havia recebido três propostas para o arremate do leilão, no entanto, problemas na documentação dos investidores barraram o negócio. Meses depois, o processo foi reiniciado do zero e outras empresas, além das primeiras, puderam participar. Como os leilões não surtiram efeito, a indefinição sobre a venda do imóvel tem contribuído para a desvalorização do entorno e também para a preocupação de moradores, comerciantes e consumidores que frequentam bancos, lojas, supermercados, entre outros pontos de venda.
PAREDES
A aflição se dá por conta de usuários de droga e moradores de rua que se utilizam do prédio do ex-Shopping Chic para dormir e consumir entorpecentes. Durante a noite, bandidos retiram produtos das vitrines de lojas e saem caminhando pela rua. Na madrugada, alguns comércios são invadidos e saqueados. Para tentar conter os crimes, empresários e pessoas que residem na região pediram pela construção de paredes de blocos nos pontos do imóvel fechados por vidros. No entanto, a Subprefeitura Mooca fechou uma parte, mas outra permanece aberta.
INVASÃO
Outra preocupação está relacionada ao fato de circularem muitas crianças, jovens e idosas ao redor do prédio. As mulheres, principalmente, reclamam da falta de policiamento e da iluminação precária das ruas, sobretudo porque não conseguem enxergar quem está dentro do edifício. Como um novo leilão só deverá ser realizado a médio ou longo prazo, o lugar volta a correr o risco de invasão.
É triste a situação pois um lugar onde poderia abrigar uma estrutura que possa valorizar a região o imóvel só tem desvalorizado. Infelizmente o ponto se deteriorou tanto e ficou com uma impressão tão negativa de insucesso que o melhor era derrubar tudo e nascer uma nova proposta de comércio.