A falta de locais para estacionar não é um problema exclusivo do Tatuapé, mas sim da cidade. E, com o baixo número de estacionamentos e principalmente de vagas em vias públicas, muitas ruas, que antes eram consideradas tranquilas, passaram a se tornar opção para estacionar. Entretanto, muitos destes locais não têm largura suficiente para acomodar a demanda e o resultado é o comprometimento da fluidez dos veículos.
O tatuapeense Armindo Antonio Pinheiro entrou em contato com esta Gazeta para reclamar da falta de respeito de parte de alguns motoristas que insistem em parar seus veículos na porta de sua residência. “O problema começou há dois anos. Antes era uma beleza. Não tinha problema algum. Mas agora, quase todo dia tenho que pedir para retirarem seus carros da porta da minha casa”, reclamou o aposentado.
A rua a que Pinheiro se refere é a Maria Augusto Miranda, uma pequena travessa que se interliga às ruas Serra de Botucatu e Francisco Marengo. “A rua é muito estreita e não comporta, de forma alguma, que sejam estacionados carros dos dois lados. Quando isso acontece inviabiliza a passagem dos veículos maiores. Além de estacionarem em cima da calçada, os motoristas não respeitam as guias rebaixadas”, explicou.
Pinheiro contou ainda que está cansado de ligar para CET – Companhia de Engenharia de Tráfego para solicitar placas de proibido estacionar. “Já virou piada isso. Tenho um processo, o de número 0025/9287/10-16, que é de 13 de outubro de 2010! Sempre estou ligando no 3030-2267 e pedindo a presença de um fiscal. Ele vem, fala da necessidade de colocar a placa de restrição, mas nenhuma providência é tomada na prática”, explicou.
RUA ZABEL BURUNSUZIAN
Em setembro deste ano, esta Gazeta publicou matéria sobre a Rua Zabel Burunsuzian, uma travessa da Rua Azevedo Soares. Na ocasião, o morador Roberto Silvestre entrou em contato com a reportagem para falar que, há cerca de um ano, os vizinhos se mobilizaram e pediram, via abaixo-assinado à CET, a colocação de placas proibindo o estacionamento em um dos lados da rua.
“A rua é estreita e quando os carros param nos dois lados caminhões de entrega e vans escolares não conseguem passar”, explicou Silvestre. “Muitas vezes fui buscar meus netos na esquina e até mesmo entregas em razão desta impossibilidade que os veículos mais largos têm para entrar na rua”, comentou.
A solicitação foi aceita pela CET, que instalou este ano as placas no local. Entretanto, muitos motoristas não respeitam a proibição. “Notamos que são pessoas que vêm ao bairro para irem às ruas Apucarana, Itapura e até mesmo na Azevedo Soares e que deixam os carros nas ruas próximas. O que nós, moradores, estamos pedindo agora, é que a CET encaminhe a fiscalização e constate, desta forma, as irregularidades cometidas na Rua Zabel Burunsuzian”, solicitou Silvestre.
RUA GUATACABA
No ano passado, moradores da Rua Guatacaba, também no Tatuapé, entraram em contato com este semanário para reclamar do mesmo problema. Na ocasião eles pediram à Companhia de Engenharia de Tráfego um novo estudo de trânsito para o local. Segundo eles, a via, estreita, tem duas mãos, e a única medida apresentada pela CET foi de instalar uma placa de proibido estacionar em um dos lados da rua, quando na verdade o necessário seria mudar a mão para um sentido único.
Na ocasião, o motorista Luiz Fernandes contou que, pelo fato de outros condutores estarem estacionados em um dos lados, muitas vezes se deparou com outro carro vindo em sua direção e ficou sem alternativa para desviar. Diante da situação, um dos motoristas é obrigado a dar marcha ré até a saída da rua para o outro passar. “É um absurdo que a CET ainda não tenha visto esta situação. Infelizmente, a falta de bom senso impera neste local. Sendo assim, a única solução é a multa”, sugeriu.
Problema similar foi encontrado na ocasião na Rua Matos Guerra. Quando os carros estão estacionados nos dois lados da via, a rua, que também é de duas mãos, dá passagem apenas para um carro. Um ano após, a situação nos dois endereços continua a mesma.
Vanessa de Sousa e Sérgio Murilo
Tudo isso relatado aqui desencadeia ou contribui com o caos na cidade e a conseqüência é mais desemprego (vide relato da sra. Lú Santoro) e uma coisa puxa a outra, menos comércio, menor arredação de tributos e maiores impostos. Todos são prejudicados.
Os mal educados e aproveitadores se sentem à vontade: a fiscalização é frouxa, a multa um valor irrisório. São Paulo necessita urgente de um novo projeto para o trânsito em vias públicas.
Tudo isso leva a bairros abandonados e o resto todos sabemos no que dá.
Sou de outro bairro (Jardim São Paulo/Santana) e o mesmo acontece aqui, como deve acontecer em toda a cidade.
Persistência e Paciência…
Abraço
VIcente
Olá….Vanessa e Sergio.
Li esta matéria ,sobre estacionar no tatuapé,quero aproveitar e acrescentar um problema que esta ocasionando um prejuizo financeiro aos comerciantes desta região, rua monte Serrat, Apucarana e redondesas.O meu caso… tenho uma loja na rua Monte Serrat de roupas femininas a mais de 30 anos,nestes ultimos anos vem ocorrendo falta de espaço para estacionar o que provocou uma queda de vendas de 30% a 50%. Porque as pessoas deixam seus carros na porta do nosso estabelecimento as 7hrs até as20hrs e vão pegar o metrô(Estação Carrão), a minha sugestão seria virar zona azul para alternar o fluxo de carros estacionados , criando intervalos,para que exista uma melhor exposição da fachada da loja e liberação da vaga para os clientes.
Grata
Lú Santoro