Segurança. Este foi o tema da audiência pública organizada, na última terça-feira, dia 19, no teatro da Faculdade Drummond. De acordo com Leopoldo Luis Lima Oliveira, presidente da OAB Tatuapé, a ideia foi oferecer mais um canal de diálogo com a sociedade, através da “Comissão OAB Tatuapé”. “Espero que isso desperte nas pessoas outras iniciativas, inclusive a atenção das autoridades para a região leste, em especial para o nosso bairro”, indicou.
Leopoldo destacou que a entidade divulgará uma nota pública sobre o evento e que há interesse de desenvolver outros encontros, mas ainda não há datas definidas.
BASE DA PM E AGLOMERAÇÕES
Cientes do tema, moradores do Parque São Jorge compareceram acompanhados do presidente do Conseg do 52º DP, Rogério Felix Martins. “A região precisa urgente de mais policiamento. Estão roubando até maçanetas das casas! Apontamos os locais com problemas, mas as respostas demoram a vir. Também queremos saber para onde foi a base da polícia que deveria permanecer no Largo São José do Maranhão”, pontuou Rogério.
Presente à audiência, o tenente-coronel Benedito Pereira, atual comandante interino do CPAM-11, comentou o seguinte: “Com relação à base da PM, ela é móvel, portanto, atende a outros locais. A demanda é grande, por isso dá a entender que ela não está mais lá.”
O tenente-coronel também comentou sobre as aglomerações nas adjacências de grandes centros de compras. “A polícia está agindo. Temos realizado abordagens, encaminhado pessoas aos distritos e feito ações integradas com outros órgãos. Isso não só nestes locais, mas em todo o bairro.”
COMANDOS NO CARRÃO E TATUAPÉ
O advogado Cesar Augusto de Oliveira falou sobre os comandos para abordar motociclistas que acontecem na Avenida Conselheiro Carrão. “Eles são sempre no mesmo dia, horário e local. Não seria melhor realizá-los em diferentes pontos da avenida, inclusive em dias e horários alternados?”
Oliveira também comentou uma prática, que, segundo ele, está se tornando comum no Tatuapé. “Nos fins de semana, motociclistas esportistas andam em alta velocidade e sem capacete. Eles, inclusive, fazem os escapamentos estourarem. Pergunto: por que a PM não aborda também estes motociclistas?”
ENTORPECENTES E RONDA ESCOLAR
A preocupação com o aumento do consumo de entorpecentes em locais públicos foi levantada por vários moradores, inclusive por Lourival Domingos, frequentador das reuniões do Conseg do 31º DP, Vila Carrão. “A situação está se complicando e a população está temendo este avanço. Tornou-se comum ver as pessoas, inclusive adolescentes, consumindo drogas.”
De acordo com o tenente-coronel Benedito Pereira, a polícia tem feito ações para combater esta prática. “Estamos agindo. É importante levar em consideração que nos deparamos com a questão da legislação atual. Ela precisa ser revista, pois a prisão só é válida para o traficante”, observou.
O assunto também levou a pedidos de mais segurança no entorno das escolas, inclusive, com a presença de viaturas fixas nos períodos de aula. “Não temos como deslocar uma guarnição para cada escola. Por isso são feitas rondas. Cada guarnição atende de 6 a 8 unidades e damos prioridades às mais problemáticas. Além disso, a PM também desenvolve o Proerd, programa que visa o combate às drogas e à criminalidade, dentro das escolas”, comentou o tenente-coronel Benedito Pereira.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Acostumado a lidar com assuntos relacionados à segurança, o presidente do Conseg do 30º DP, Dagoberto Resende, sugeriu a união de todas as entidades atuantes no Tatuapé. “O tema é polêmico e envolve todo mundo. Já pensou na força que teríamos se formássemos uma comissão com este fim? E nas propostas que poderíamos encaminhar aos nossos vereadores?”, questionou.
Para Arles Gonçalves Junior – presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB – SP e Conselheiro Secional, as pessoas devem ajudar a polícia com o máximo de informações. “Infelizmente, 80% dos crimes não são notificados. A polícia se guia pelos indicadores criminais. Com relação às leis, muitas delas precisam ser revistas, para que não haja a sensação de impunidade e a pessoa volte a cometer determinado crime porque ‘nada’ irá acontecer”, pontuou.
INDICADORES E DENÚNCIAS
Ainda nesta linha de raciocínio, o tenente-coronel Benedito Pereira destacou: “Segurança pública não se faz só com a atuação da polícia. É feita em casa, com a educação dos filhos, ao denunciar atitudes suspeitas, fazendo o boletim de ocorrência… Além disso, muitos são os fatores que contribuem para o aumento da criminalidade: é o carro abandonado, a degradação do logradouro público, a rua sem iluminação, a ocupação do espaço público, a falta de limpeza, o terreno vazio… Tudo isso gera um impacto na segurança. Por isso as ações precisam caminhar juntas.”
De acordo com o delegado de polícia da 5ª Secional, Clóvis Ferreira de Araújo, as diferenças sociais têm influenciado para o aumento da criminalidade. “Vivemos em uma sociedade com muitas desigualdades. O crime não está concentrado em um único bairro. Por isso trabalhamos com informações integradas e o apoio da sociedade dá, sim, resultados positivos. As informações dão subsídios para as ações estratégicas, principalmente em regiões onde há um grande fluxo de pessoas. O Tatuapé é um exemplo. A população flutuante está cada vez maior”, observou.
Para Elisabete Aloia Amaro – coordenadora do curso de Direito da Faculdade Drummond, “a criminalidade vai continuar enquanto houver desigualdade social. Agora, é importante destacar que, em encontros como este, sejam discutidas questões voltadas às ações de políticas criminais.”
MAIS POLICIAIS
Para a maioria dos moradores presentes na audiência pública, a presença de mais policiais nas ruas do Tatuapé, inclusive nos fins de semana e nos locais com um grande número de pessoas, contribuirá para a diminuição dos furtos e roubos que vêm ocorrendo. Questionado sobre a maior incidência de ocorrências na região, o tenente-coronel Benedito Pereira informou que ainda continua sendo de furtos de veículos.
MESA DOS TRABALHOS
Formaram a mesa que conduziu os trabalhos: Leopoldo Luis Lima Oliveira – presidente da OAB Tatuapé; Arles Gonçalves Junior – presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB – SP e Conselheiro Secional; Leônidas Dias da Silva – major comandante interino do 8º Batalhão; tenente-coronel Benedito Pereira – comandante interino do CPAM-11; Wudson Menezes Ribeiro – conselheiro secional da OAB-SP; Helena Gravito – assessora jurídica da Subprefeitura Mooca, Clóvis Ferreira de Araújo – delegado de polícia da 5ª Secional; Elisabete Aloia Amaro – coordenadora do curso de Direito da Faculdade Drummond; e Antonio Sampaio Teixeira – diretor superintendente da distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo.
sempre que o pt tem algum vagabundo na prefeitura de são paulo,acontec estas coisas ,vão encher de drogados,bebados,vagabundos no PET como acotecia no tempo ,da vagabunda roubado tudo e mijando nas ruas calçadas,quebrando tudo como era no tempo da vagabunda.