A realidade de quem vive em casas ou apartamentos próximos à Rua Emília Marengo, no Jardim Anália Franco, mudou há alguns anos. Sobretudo com a chegada de bares e restaurantes ao endereço, surgiram também os shows, com música ao vivo, ou as caixas de som na calçada. Ao mesmo tempo, alguns trechos do passeio foram tomados por mesas, cadeiras e tambores de metal. Depois, a tudo isso foi acrescentado o programa Ruas SP no qual os estabelecimentos puderam, com a autorização da Prefeitura, criar uma extensão de seus negócios na área direcionada à Zona Azul.
RUAS AFETADAS
Em seguida, frente às questões de perturbação do sossego, geradas por alguns dos comércios, muitos moradores se mobilizaram. Até porque, segundo eles, em determinados horários, de quinta-feira a domingo, os abusos atingem os vizinhos das ruas Mozart de Andrade, Otelo Rizzo, Dr. Roberto Reid Kalley, Padre José Morschhauser, Cândido Lacerda e Alonso Calhamares. Com isso, as pessoas seguem procurando o Conseg Tatuapé, PM, Subprefeitura Mooca, GCM e CET para buscar um acordo de convivência pacífica.
A LUTA NÃO CESSA
Nesse ínterim, para alguns, o problema é insolúvel, mas, para outros, como o gerente de vendas Nivaldo Monare, por exemplo, a luta não cessa. Segundo ele, muitos donos de imóveis estão no local muito antes dos bares. Conforme Monare, quando os empresários das áreas de gastronomia e entretenimento se propuseram a ocupar espaços na região, subprefeitura e Psiu só deveriam autorizar o funcionamento das casas após o cumprimento das regras municipais. Contudo, completou o morador, não foi o que aconteceu.
ATUAÇÃO EM CONJUNTO
De acordo com o gerente de vendas, é absurdo que alguns empresários se sintam no direito de ocupar as ruas e as calçadas como se não houvesse trânsito e nem pedestres. “Por mais que as conquistas demorem a chegar, vamos continuar protestando e reivindicando nossos direitos”, frisou. Casos idênticos ou semelhantes obtiveram resultados favoráveis aos moradores quando todos os órgãos envolvidos resolveram atuar em conjunto. Novamente, fica o apelo de quem reside no local há mais de 40 anos.
E esses carros com escape modificado, fazendo barulho a madrugada toda.?