Moradores afirmam que são necessárias revitalizações, pois as enchentes estão de volta
As chuvas estão cada vez mais intensas. Em virtude das tempestades, locais do Tatuapé que raramente sofriam com enchentes, como a Rua Azevedo Soares, estão alagando. Já as regiões mais baixas do bairro, como a Rua Serra de Bragança, esquina com a Rua Antônio de Barros, além da Rua Monte Serrat, esquina com a Rua Serra de Bragança, entre outras, continuam virando verdadeiros rios, impedindo a passagem de pedestres e travando o trânsito.
Como o drama se repete todos os anos, moradores questionam o fato da Prefeitura não investir na revitalização das galerias de águas pluviais. Segundo eles, boa parte delas, instaladas na década de 1950, não suportam mais o volume de água atual. Com isso, os escoadouros extravasam a água pelas bocas de lobo e pelas tampas, confirmando que os equipamentos estão ultrapassados.
Cansados de sofrer com os prejuízos, seja em seus comércios e casas, sem contar os veículos, quem mora no bairro espera por projetos nesse sentido. A empresária Patrícia de Souza, por exemplo, disse que o Tatuapé precisa de um plano de drenagem para evitar novas cheias. Até porque, conforme ela, esses problemas estão desvalorizando os imóveis e atrapalhando vendas.
O OUTRO LADO
A Prefeitura revelou que, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, realiza ações de zeladoria e prevenção para o período de chuva durante o ano todo, realizando reformas de galerias, bocas de lobo e poços de visitas e limpeza de córregos, piscinões, galerias e bocas de lobo.
Conforme a secretaria, são realizados cerca de 150 reparos, manutenção e zeladoria em galerias na região da Subprefeitura Mooca por mês. O órgão informou que, em 2020, realizou a limpeza de 45.245 galerias e ramais, resultando em 198 toneladas de detritos retirados. Além disso, 8.987 bocas de lobo e poços de visita receberam limpeza manual e mecanizada. A Prefeitura apontou que a região recebe os serviços diariamente.
Segundo a secretaria, no período de chuvas são intensificadas as limpezas de túneis e bocas de lobo, além de coleta adicional de resíduos sólidos domiciliares, antecipação das coletas de resíduos de varrição e coleta de pontos críticos e pontos viciados.
Por fim, a pasta revelou que, em toda a cidade, em 2020, foram reformados 34.385 poços de visita e bocas de lobo, inclusive com troca de tampas. Foram retiradas cerca de 215.234 mil toneladas de detritos nos córregos na cidade em 2.352.088 metros de extensão. Em relação à micro drenagem, foram retirados 17.386 metros cúbicos de detritos em galerias e ramais. Também foram podadas 174.361 árvores na cidade. Dos piscinões, foram coletadas 214,510 toneladas de detritos em 1.092,83 m² de extensão e realizou 149.020.680 m² de corte de mato e grama.