O Polo Institucional da Zona Leste continua sendo um sonho para os moradores da região. O plano, que geraria encubadoras de negócios, além de atrair grupos de ensino e capacitação profissional, como Senai e Sesi, permanece no papel desde 2014. Além disso, a falta do investimento empresarial, que seria mobilizado para a região de Itaquera, deixou de atrair empreendedores da área de telemarketing, órgãos sociais como o Instituto Dom Bosco e outras instituições, como a PM e um Fórum.
No ano passado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a Agência São Paulo de Desenvolvimento e Cooperação, além da Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura, identificaram, por meio de um grupo de trabalho, a necessidade de aprofundar as políticas públicas para o desenvolvimento local.
No entanto, os órgãos também afirmaram que a geração de oportunidades só seria possível se estivesse acompanhada de outros projetos estruturantes da cidade, envolvendo as esferas estadual e federal, executados em paralelo, como a ampliação da rede de transporte público, infraestrutura de telecomunicações, melhoria de serviços de energia, água, saneamento, segurança pública, revisão de parâmetros urbanísticos, obtenção de alvará e de licenciamento.
Após a proposta de ajustes, apresentada em setembro de 2018, passaram-se sete meses, contudo, o espaço destinado ao Polo, localizado em frente à estação Corinthians Itaquera do Metrô, segue vazio e sem nenhuma perspectiva de que possa ser ocupado. Enquanto isso, cresce o número de jovens em busca do primeiro emprego, de capacitação profissional e de aprimoramento.
HISTÓRICO
A princípio, o Polo utilizaria uma área de 24.289.317 metros quadrados, na qual seriam construídos: Faculdade de Tecnologia (Fatec) e Escola Técnica (Etec) – já entregues -, Senai, área de alimentação de serviços, incubadora e laboratórios, centro de convenções, auditório, centro cultural, edifício comercial, Polícia Militar e Bombeiros, Instituto Dom Bosco, Fórum e o Parque Linear Rio Verde-Jacu (também entregue).
Dentro da primeira proposta do projeto, as indústrias poderiam reverter até 60% do investimento caso estivessem dentro das prerrogativas de modernização e geração de empregos. As empresas investidoras teriam, ainda, redução de 50% no IPTU, de 60% no ISS e de 50% no ITBI.
Itaquera também receberia um parque tecnológico para oferecer nova qualificação às empresas. Nele, funcionariam laboratórios de inovação, apoio e gestão, tecnologia da informação e software, têxtil e moda, inteligência de mercado e mídia e gerontologia (1º do Brasil).