As calçadas das ruas Cajuru e Dr. Clementino, no Belém, ganharam piso tátil para ajudar a circulação de deficientes visuais. Segundo o morador da Rua Toledo Barbosa, Antonio Moreno, a obra, que durou alguns meses, provavelmente também pretende atender a Associação Promotora de Instrução e Trabalho para Cegos, existente no nº 730 da Cajuru.
O problema, conforme ele, é que o passeio foi ocupado de forma irregular e está dificultando os pedestres de caminharem pelo calçamento. “Como o piso tem relevos, acaba machucando os pés das pessoas que usam um calçado com a sola mais fina”, avisa Moreno.
GASTOS
Outro questionamento feito pelo morador está relacionado aos gastos que a Prefeitura teve para cortar calçada num trecho de três quarteirões e ainda utilizar o piso sem conhecimento técnico de quantas peças deveria colocar para servir como guia aos deficientes visuais. “Sou a favor da acessibilidade, porém, no caso desse calçamento ele não atende direito os moradores e nem os cegos”, reclama.
ÁRVORES
Ainda dentro do tema das calçadas, Moreno fez questão de frisar o desrespeito da Subprefeitura Mooca com o plantio de árvores no passeio da Rua Toledo Barbosa. O morador revelou que os mesmos erros cometidos em outros bairros, estão presentes também no Belém. “Muitas mudas morreram e nunca mais foram repostas. Com isso, um projeto criado para deixar a área mais arborizada, acabou se transformando em estorvo para quem caminha”, aponta.
PALMEIRAS
O morador ainda mostra como absurdo o fato da Prefeitura plantar pequenas palmeiras na calçada da Rua Toledo Barbosa, próximo da Avenida Álvaro Ramos. “Que tipo de benefício essas árvores vão trazer ao pedestre? Elas não geram sombra e atraem lagartas, enquanto outras podem atrair pássaros com flores ou pequenas frutas”, aconselha. Para Moreno, alguns técnicos acham que o ato de plantarem já é o bastante, sem se preocuparem com o preparo da calçada. “Não há grama em volta das árvores e não existe cuidado após o plantio”, denuncia.