Estudo apontou que método tem efeitos globais na saúde de pessoas dessa faixa etária, além de ser um importante coadjuvante do envelhecimento saudável
Nos últimos anos, o método Pilates tem sido, extensivamente, objeto de estudos e pesquisas para avaliar a sua eficácia e seus efeitos na saúde de idosos. Um estudo recente, publicado no European Journal of Investigation in Health, Psychology and Education, apontou que o Pilates tem inúmeros benefícios na terceira idade, sendo um fator importante para o envelhecimento saudável.
GANHOS SIGNIFICATIVOS
Entre os benefícios apontados pela meta-análise estão o aumento da força, tanto nas pernas como nos braços, melhora da capacidade funcional e a autonomia. As conclusões também mostraram que o Pilates traz ganhos significativos para a saúde mental, aumenta a satisfação com a vida, melhora a flexibilidade, a resistência aeróbica, a cognição e a mobilidade.
PROFISSIONAIS CAPACITADOS
Alguns dados também indicaram que o método reduz o risco de quedas, graças à melhora da postura e do equilíbrio, além de ser isento de riscos e contraindicações, desde que as aulas sejam ministradas por profissionais capacitados, como fisioterapeutas e educadores físicos. A ausência de contraindicações para realizar aulas de Pilates é algo fundamental para idosos, principalmente para aqueles que possuem comorbidades, como osteoartrose, dores na coluna, dores crônicas em geral, entre outras condições sistêmicas.
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com 80 anos ou mais triplicará e pode chegar a 434 milhões, até 2050. A previsão é que, em 2050, os idosos representem 22% da população.
O envelhecimento populacional traz inúmeros impactos, especialmente socioeconômicos. Por isso, encontrar ferramentas que possam permitir que os idosos permaneçam ativos e independentes, é algo essencial frente a essas estimativas.
De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Pilates, Saúde Postural e Dores Crônicas, o envelhecimento resulta em declínio molecular e celular, com influência progressiva em todos os sistemas do corpo e, inerentemente, na condição psicossocial da pessoa.
CAPACIDADE FUNCIONAL
“A atividade física pode ajudar a reduzir a velocidade desse declínio, aumentando ou mantendo a capacidade funcional do idoso, por meio da melhoria das capacidades físicas, como força, equilíbrio e flexibilidade. Portanto, o Pilates, comprovadamente, traz esses e outros benefícios, como pudemos observar nos resultados desse estudo”, comenta a especialista.
Dessa forma, adotar uma atividade física, como o Pilates, é um fator que pode minimizar a influência da idade cronológica na perda da função biopsicossocial, associada ao envelhecimento.
O método Pilates envolve exercícios que abrangem corpo e mente. Os movimentos demandam estabilidade do tronco, força e flexibilidade, além de foco no controle muscular, na postura corporal e na respiração.
COMO FERRAMENTA DA FISIOTERAPIA
Outro ponto interessante sobre o Pilates é que o método também está inserido como uma ferramenta da fisioterapia.
“Muitos pacientes idosos acabam adotando o Pilates como uma atividade física, após o tratamento fisioterapêutico de alguma condição osteomuscular, em que, além das técnicas tradicionais, usamos os movimentos do Pilates para complementar a abordagem terapêutica”, conta Walkíria.
QUER VIVER MAIS E MELHOR?
Em resumo, com o aumento da expectativa de vida e com o envelhecimento da população, é cada vez mais importante usar recursos que possam garantir a autonomia e a capacidade funcional após os 60 anos.