Na última quarta-feira, 25, a reportagem desta Gazeta esteve no Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET) – Anália Franco para conhecer um pouco mais sobre o trabalho que está sendo desenvolvido por Mohamed M. Mourad, de 48 anos, atual diretor do local.
Tendo assumido o PET em março deste ano, o diretor afirmou que, desde a sua chegada, vem organizando as áreas administrativas e de atendimento aos usuários para poder entender melhor as necessidades internas e externas.
AVES CATALOGADAS
Dentro deste contexto, ele disse ter solicitado a ajuda da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação para que lhe favorecesse com mais mão de obra. “Com a chegada dos profissionais pude, por exemplo, criar o setor de meio ambiente, o núcleo de biodiversidade e catalogar as árvores e aves existentes na área verde”, ressaltou.
Com relação aos equipamentos do parque, Mourad revelou que está tentando recuperá-los de maneira paulatina. Para isso, ouve os frequentadores, caminha pelo parque e também atende às reivindicações registradas em um livro de visitas e dos conselheiros do PET (grupo formado por usuários e funcionários da Prefeitura).
MAUS USUÁRIOS
Atualmente, a poda do mato está sendo feita de maneira regular, o ginásio começará a ser restaurado e o playground passou por reforma. No entanto, alguns problemas que surgiram há cerca de três anos, permanecem no parque. Como a falta de recuperação de alguns alambrados, telhados de galpões e bancos de cimento. Além disso, alguns bebedouros estão sem a torneira que permite encher garrafas com água. “Neste caso, alguns maus usuários têm parte de responsabilidade, pois eles querem lavar os pés no mesmo local e acabam quebrando o equipamento”, reclamou o diretor.
ESTACIONAMENTO
Mourad relatou que, desde a sua chegada no PET, notou a existência de duas questões complexas de se resolver logo na entrada do parque. Uma delas está ligada ao estacionamento. Segundo ele, as vagas são reservadas aos frequentadores do local. Porém, nem sempre os veículos estacionados pertencem a pessoas que foram utilizar os equipamentos de ginástica, correr, jogar futebol ou praticar algum esporte. “Este fato está sendo analisado com cuidado, pois precisamos proteger quem vem ao parque em busca do lazer e do descanso”, adiantou.
FEIRA LIVRE
Outro ponto que passará por uma avaliação, envolvendo o parque e as secretarias de esporte e de abastecimento diz respeito à feira livre que ocorre todas as quintas-feiras no mesmo espaço do estacionamento. O diretor não quis adiantar nenhum detalhe sobre os dois casos, mas garantiu não ter a intenção de prejudicar ninguém. O que Mourad deu como certa foi a saída de pessoas que estejam tirando proveito comercial de áreas do parque. “Até porque, caso ocorra algum problema com alguma das pessoas envolvidas, eu serei responsabilizado”, explicou.
PIQUENIQUE
Voltando aos temas mais amenos, o diretor enalteceu o fato de várias famílias estarem fazendo piquenique dentro do Parque Anália Franco. Conforme ele, aproximadamente 60 famílias se utilizam das áreas verdes nos fins de semana, levando lanches, sucos e outras guloseimas. “Como tornou-se um hábito, proibi a entrada de cães no local, pois assim os moradores da região têm mais liberdade de sentar e colocar alimentos sobre o gramado”, ponderou. Sobre a presença de orquestras ou grupos de música clássica no PET, Mourad disse que está tentando viabilizar esse tipo de evento, contudo seus pedidos são encaminhados para a Subprefeitura Mooca e depois ele não obtém retorno.
PONTO DE LEITURA
Ainda na área cultural, o diretor admitiu que, apesar de ter uma boa frequência de pessoas, o Ponto de Leitura criado na entrada do parque está acanhado para receber crianças e familiares. Como o local é aberto, em dias mais frios os usuários não conseguem aproveitar o espaço. Por conta disso, Mourad avisou que irá verificar se poderá transferir o Ponto para alguns dos espaços a serem reformados.
CERET DE NOVO
Por fim Mourad avisou que pretende defender a criação de uma ciclovia dentro do PET, mas em uma área específica. Ele reforçou a afirmação da Secretaria de Esportes de que as alamedas do parque são estreitas para serem divididas entre ciclistas e pedestres. Outra novidade que, de acordo com o diretor, está sendo comentada dentro da Prefeitura é a volta do nome Ceret. “Isso porque muitas pessoas estão confundindo PET Anália Franco com o Parque Ecológico do Tietê, em Engenheiro Goulart”, concluiu.
Nossa estou adorando essa tranformaçao do PET Ceret, minha filha adora fazer capoeira, e eu faço caminhadas no mesmo horario, simplismente adoro…Parabens Sr.Mourad, nota 10.
Fui informado que os trabalhadores que frequentam o CERET para os mais antigos como eu, ou o PET para os mais jovens, para utilizarem o campo de futebol por exemplo, deverão pagar mensalidades. Um absurdo fazer os mais de 30 trabalhadores, aposentados inclusive, que frequentam o local há mais de 20 anos, todos os sábados á tarde para jogar futebol, pagarem para usar aquilo que lhes foi dado gratuitamente para que pudessem desfrutar um pouco da enorme carga tributária que impere sobre seus salários. Sr. Mourad, use a criatividade. Tirar dinheiro do bolso do trabalhador para a manutenção do local que lhe pertence de direito não me parece ser a forma mais justa com aqueles que não possuem recursos para pagar o título e manutenção de um clube. Fazer o trabalhador pagar novamente a conta daquilo que deve receber como contraprestação de serviços por tanto que ele já contribuí para que o governo arrecade. Para um partido político que se diz preocupado com o pessoal de baixa renda, me parece incoerente tal atitude. No mínimo é conflitante. Eugenio Guadagnoli