Há vários meses moradores, comerciantes, Polícia Militar e Prefeitura Regional Mooca estão tentando entrar num acordo para que a Rua Cesário Galeno deixe de ser palco dos temidos “pancadões”. Endereço de uma universidade, a via reunia milhares de jovens que fechavam o trânsito e tomavam todas as calçadas para ingerir bebidas alcoólicas, usar narguiles e ouvir músicas geradas pelo aparelho de som de carros estacionados.
Na última quinta-feira, dia 6, a PM realizou uma operação no local e se deparou com a cooperação de todos os comerciantes. Sem as mesas e cadeiras nas calçadas, a rua estava tranquila e os estudantes caminhavam sem nenhum tipo de atropelo ou obstáculo. Alguns empresários conversavam e não havia carro com aparelhagem de som.
TRÂNSITO FLUIU
Até mesmo o consumo de narguile, que era possível ver na porta de quase todos os estabelecimentos, desta vez não ocorria. Policiais pararam as viaturas e acompanharam a permanência do que foi combinado durante reunião envolvendo todos os citados. O trânsito também fluia sem problemas, entre a Rua Honório Maia e a Rua Melo Peixoto.
O resultado da reunião, visto no dia 6, também beneficiou os estudantes da universidade. Isso porque o barulho costumava ir direto para as salas de aula, fazendo com que muitos professores dispensassem os alunos mais cedo. Mesmo o deslocamento dos universitários para salas distantes da entrada não surtia muito efeito.
O QUE OCORRIA
A situação presenciada por todos agora evitou que a PM tivesse que agir de maneira mais ríspida. Em pelo menos três oportunidades, policiais encontraram pessoas com mesas, cadeiras, garrafas e narguiles no meio da rua. Enquanto mulheres dançavam, homens vendiam bebidas em caixas de isopor. Após diversos registros no 190, viaturas foram para a rua para liberar o trânsito. Como não houve dispersão, alguns soldados tiveram de usar gás de pimenta, gerando várias reclamações. Na ocasião, o capitão Edson Serra, comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM, afirmou que todas as ações exigem respeito de ambas as partes. Caso contrário, prevalece o estabelecimento da ordem, recuperando os espaços públicos para motoristas e pedestres.